Marcelo Bielsa e o elogio da loucura: debatendo a arte de racionalizar o caos no futebol no Uruguai
Técnico da seleção uruguaia desabafa sobre a busca incessante pela perfeição e o impacto do medo em sua trajetória profissional.
Desabafo de Marcelo Bielsa sobre sua carreira e estilo de trabalho
Marcelo Bielsa, o técnico argentino que comanda a seleção uruguaia, compartilha um desabafo revelador sobre sua abordagem ao futebol. Conhecido como “El Loco”, Bielsa é um dos treinadores mais influentes, apesar de sua fama não corresponder a um número elevado de conquistas. Ele se destaca por seu estilo exigente e obsessivo, que reflete um profundo medo de fracassar.
Reflexões sobre a pressão e a busca pela vitória
Bielsa se descreve como “tóxico”, afirmando que sua constante busca pela perfeição e correção de erros afeta a felicidade de sua equipe. Ele acredita que seus comandados se sentem mais aliviados por não perder do que felizes por vencer. Essa mentalidade, segundo ele, é uma obsessão que se baseia no medo de derrotas.
O treinador menciona que, ao contrário de outros, como Menotti, que celebrava as vitórias, ele vive em um estado de constante ansiedade. Bielsa gostaria de experimentar a alegria de vencer sem o peso da preocupação com a derrota.
Paralelos com outros ícones do esporte
Essa perspectiva não é exclusiva de Bielsa. O lendário Pelé, ao marcar seu milésimo gol, também se sentiu mais aliviado do que celebrando a conquista. Ele admitiu que a pressão e o sofrimento muitas vezes ofuscam a alegria das vitórias, refletindo uma fragilidade humana.
Da mesma forma, Pep Guardiola, outro grande nome do futebol, compartilha dessa obsessão por organização e controle no jogo, buscando sempre superar os adversários. Ambos os treinadores, Bielsa e Guardiola, exemplificam a luta constante entre a busca pela perfeição e a aceitação do caos inerente ao futebol.
Conclusão sobre a loucura do futebol
Marcelo Bielsa, com sua abordagem única, se tornou um símbolo de como a paixão pelo futebol pode levar à loucura. Seu discípulo, Sampaoli, também reflete essa dualidade entre genialidade e desespero. A busca incessante por resultados e a pressão do esporte revelam a complexidade emocional que envolve a carreira de um treinador.
Fonte por: Estadao
Autor(a):
Redação
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