Marina alerta sobre os riscos ao multilateralismo climático

Ministra alerta na Pré-COP30 sobre mudanças climáticas mais rápidas que culturais e a necessidade de evitar “ponto de não retorno”.

13/10/2025 13:15

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao discursar na abertura da Pré-COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), em Brasília
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao discursar na abert...

Ministra do Meio Ambiente destaca urgência em ações climáticas

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou a necessidade de uma ação conjunta entre os países para evitar o chamado “ponto de não retorno” do clima e do multilateralismo climático. Sua declaração ocorreu durante a abertura da Pré-COP30, evento preparatório para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontecerá em novembro em Belém (PA).

Importância da COP30 e do multilateralismo

Marina Silva pediu que a COP30 estabeleça um novo marco referencial que fundamenta as bases políticas, éticas e morais necessárias para evitar tanto o colapso do sistema climático global quanto a crise do multilateralismo climático, que enfrenta desafios devido à baixa implementação dos acordos existentes.

Ela ressaltou a urgência das discussões, afirmando que a emergência climática não permite o tempo necessário para mudanças culturais. A ministra também apresentou o Balanço Ético Global, um documento elaborado pelo Brasil e pela ONU, que visa incluir a dimensão ética nas discussões climáticas e acelerar a implementação do Acordo de Paris.

Resultados do Brasil em sustentabilidade

No início do evento, o presidente interino Geraldo Alckmin destacou os avanços do Brasil em sustentabilidade, mencionando que a matriz energética renovável do país representa 80% da produção total. Ele também citou a redução de quase 50% no desmatamento da Amazônia e iniciativas como o programa Mover e Mobilidade Verde.

Alckmin ainda apresentou as Metas Nacionalmente Determinadas (NDC) do Brasil, que visam reduzir as emissões líquidas de gases do efeito estufa de 59% para 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005. Ele descreveu esse plano como ousado, mas realista, promovendo o crescimento econômico aliado à transição energética e à proteção das florestas.

Expectativas para a COP30

O secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança no Clima, Simon Stiell, afirmou que a COP30 terá como objetivo demonstrar aos países como podem obter benefícios concretos das ações climáticas, promovendo crescimento econômico, redução da poluição e maior segurança no acesso a alimentos e energia.

Fonte por: Poder 360

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