Marina Silva afirma que subsídio para energia limpa deve superar o de fósseis
Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima participa de debates na Pré-COP, evento que antecede conferência em Belém em novembro.

Ministra defende abandono de combustíveis fósseis em compromissos climáticos
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a importância de incluir discussões sobre o abandono de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás, nas metas climáticas globais. Embora esse tema não esteja na pauta da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), Marina argumenta que essas iniciativas, conhecidas como adicionalidades, são essenciais para complementar os compromissos climáticos.
Segundo a ministra, é necessário unir ambição e inovação para alcançar decisões efetivas, como a que foi tomada na COP28 em Dubai, que incluiu o artigo 28 no Balanço Global (GST). Este artigo visa a redução do uso de combustíveis fósseis, marcando um passo significativo na transição energética.
Desafios e soluções para a transição energética
Marina Silva enfatizou que, pela primeira vez, o mundo adotou uma decisão que aborda diretamente a transição para o abandono dos combustíveis fósseis de maneira justa e equitativa, com o objetivo de acelerar ações até 2050. Durante a Prè-COP, evento preparatório para a conferência que ocorrerá em novembro em Belém, a ministra ressaltou a urgência de novas ações globais para evitar que o tema fique estagnado.
Ela propôs que a transferência de subsídios do setor de combustíveis fósseis para iniciativas de energia limpa é um ponto crucial. Atualmente, os subsídios para combustíveis fósseis variam entre US$ 1,5 trilhões e US$ 7 trilhões, enquanto os investimentos em energias renováveis são significativamente menores, cerca de US$ 170 bilhões nos países do G20.
Exemplo do Brasil e a implementação de novas metas
Marina citou o Brasil como um exemplo positivo, mencionando a meta de zerar o desmatamento ilegal até 2030. Ela sugere que outros países adotem estratégias semelhantes para enfrentar o desafio dos combustíveis fósseis. A ministra questionou se essa experiência poderia ser considerada na implementação do GST, onde cada país, com base em critérios consensuais, poderia planejar sua transição energética.
Esse desafio é um dos principais objetivos que o regime climático espera superar na conferência em Belém, que se aproxima rapidamente.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação
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