Megaoperação no Rio de Janeiro contra o CV foi planejada por 60 dias e ‘Muro do Bope’ foi fundamental para prender criminosos

Avanço do Bope e outras unidades pela Serra da Misericórdia em nova estratégia de operações policiais.

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Corpos operação Rio

Corpos operação Rio

Operação Policial no Rio de Janeiro é a Mais Letal da História

A recente megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, é considerada a mais letal já registrada no estado. O governo fluminense confirmou que ao menos 119 pessoas perderam a vida durante a ação, incluindo quatro policiais, sendo dois civis e dois militares. Em coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (29), o secretário da Polícia Militar do Rio, coronel Marcelo de Menezes, informou que as forças especiais criaram um “muro do Bope” para cercar os criminosos do Comando Vermelho (CV).

A estratégia envolveu o avanço de equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e de outras unidades pela Serra da Misericórdia, uma área de mata que conecta os dois complexos. O coronel Menezes explicou que o objetivo era empurrar os traficantes para áreas florestais, minimizando os confrontos nas regiões habitadas e reduzindo os riscos para a população. No entanto, a reação dos suspeitos ao cumprimento dos mandados de prisão resultou em intensos tiroteios.

Detalhes da Operação e Consequências

A operação, que contou com helicópteros, tropas especializadas e apoio de inteligência, foi planejada ao longo de aproximadamente 60 dias. O foco principal era desarticular as lideranças do CV que se escondem na região e que comandam atividades criminosas dentro e fora do estado. Após os confrontos, moradores relataram a presença de dezenas de corpos em uma área de mata no Complexo da Penha. Testemunhas afirmaram que pelo menos 72 cadáveres foram encontrados, muitos deles com marcas de tiros e facadas.

Imagens de drones mostraram corpos alinhados na Praça São Lucas, sendo cobertos por lonas antes de serem removidos para o Instituto Médico-Legal (IML). Segundo dados divulgados pelo governo do Rio, a operação resultou em 113 prisões, incluindo 33 suspeitos de outros estados, além da apreensão de 10 adolescentes. As forças de segurança também recolheram 118 armas, entre elas 90 fuzis, 26 pistolas e um revólver, além de 14 artefatos explosivos, centenas de carregadores e milhares de munições, além de toneladas de drogas.

Conclusão sobre a Megaoperação

A operação nos complexos do Alemão e da Penha levanta questões sobre a eficácia das ações policiais em áreas de alta criminalidade e os impactos na população local. Com um saldo trágico de mortes e apreensões significativas, o evento destaca a complexidade da luta contra o tráfico de drogas e a violência no Rio de Janeiro. A resposta das autoridades e a situação dos moradores da região permanecem em foco enquanto as investigações continuam.

Fonte por: Jovem Pan

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