Membro do Fed afirma que mercado de trabalho é mais preocupante que inflação

Fed reduz juros em 0,25 ponto, estabelecendo nova faixa entre 3,50% e 3,75% na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto.

12/12/2025 12:20

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Presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Anna Paulson.

Preocupações do Fed com o Mercado de Trabalho

A presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Anna Paulson, expressou sua preocupação com a situação do mercado de trabalho durante um discurso na última sexta-feira (12). Ela destacou que a política monetária atual deve contribuir para a redução da inflação, que tem como meta 2% pelo Fed.

Paulson afirmou que sua preocupação com a fragilidade do mercado de trabalho é maior do que os riscos de alta da inflação. Ela acredita que há uma boa chance de a inflação diminuir ao longo do próximo ano, especialmente com a redução dos impactos das tarifas, que foram um fator significativo para as pressões inflacionárias deste ano.

Taxas de Juros e Política Monetária

Embora Paulson não tenha comentado sobre previsões para os juros, mencionou que a taxa atual, entre 3,5% e 3,75%, ainda é considerada restritiva. Ela acredita que esse nível de taxas, aliado ao efeito cumulativo das medidas anteriores, ajudará a trazer a inflação de volta à meta de 2%.

Descrevendo o mercado de trabalho como “flexível, mas não instável”, Paulson ressaltou que a redução das taxas em 0,75 ponto nas últimas reuniões foi uma precaução contra uma possível deterioração do mercado de trabalho.

Expectativas Futuras do Fed

No dia 10, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed decidiu reduzir os juros em 0,25 ponto, estabelecendo a faixa entre 3,50% e 3,75%. Essa medida visa equilibrar os riscos para o mercado de trabalho e os níveis de inflação, que ainda permanecem elevados.

O Fed, que enfrenta desafios devido à falta de dados econômicos importantes, não forneceu orientações claras sobre possíveis cortes nas taxas de juros em janeiro. Paulson mencionou que, ao se tornar membro votante do FOMC no início do próximo ano, haverá mais informações disponíveis para deliberar sobre a política monetária.

Ela espera que a reunião do FOMC no final de janeiro traga mais clareza sobre as perspectivas para a inflação e o emprego, além dos riscos associados a esses fatores.

Fonte por: CNN Brasil

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