Metanol em bebidas: entenda por que governo de SP não investiga o PCC
Guilherme Derrite e Tarcísio de Freitas afirmam que casos não têm ligação com o Primeiro Comando da Capital.

Intoxicação por Metanol em São Paulo
São Paulo registra 25 casos confirmados e 160 suspeitas de intoxicação por metanol, liderando o Brasil em notificações. Todas as cinco mortes relacionadas ao consumo dessa substância tóxica ocorreram no estado até a última sexta-feira, 10.
Investigação e Ações do Governo
A Polícia Civil investiga os casos, enquanto o governo paulista, em parceria com secretarias e órgãos municipais, realiza uma força-tarefa para combater a adulteração de bebidas. Estabelecimentos, como distribuidoras e mercados, estão sendo interditados na região metropolitana, resultando na prisão de 24 pessoas desde 29 de setembro, suspeitas de fraudar destilados.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, e o governador Tarcísio de Freitas esclareceram que não há ligação direta com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles afirmaram que os falsificadores atuam isoladamente e que o crime não é lucrativo para as facções.
Operações Recentes
Na mais recente operação, realizada na cidade de São Bernardo do Campo, uma fábrica clandestina que produzia bebidas adulteradas foi fechada. As investigações indicam que as mortes de Ricardo Lopes, de 54 anos, e Marcos Antônio Jorge Júnior, de 46, estão ligadas ao consumo de produtos manipulados nessa fábrica.
Resultados das Análises
Peritos da Polícia Científica confirmaram que o metanol foi adicionado intencionalmente às bebidas. A análise de garrafas apreendidas revelou que mais da metade das amostras continha entre 10% e 45% de metanol, o que pode ter contribuído para os casos graves de intoxicação.
Esclarecimentos sobre o Envolvimento do PCC
Na última segunda-feira, Tarcísio e Derrite reafirmaram que o PCC não está envolvido nos casos de intoxicação. O secretário destacou que a falsificação de bebidas não se alinha aos interesses lucrativos da facção criminosa, que se concentra no tráfico de drogas.
Os detidos não apresentaram vínculos com organizações criminosas estruturadas, e as investigações continuam para determinar a origem do metanol, que pode estar relacionado a caminhões e tanques abandonados pelo crime organizado após operações policiais.
Fonte por: CNN Brasil