Senado do México Aprova Aumento de Tarifas sobre Importações
Na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, o Senado do México aprovou tarifas de até 50% sobre importações provenientes da China e de outros países asiáticos. A medida visa fortalecer a indústria local, apesar da resistência de grupos empresariais.
Detalhes da Proposta Aprovada
Conforme informações, a proposta aumentará as taxas sobre mais de 1.400 produtos, incluindo têxteis, vestuário, aço, autopeças, plásticos e calçados. Esses produtos são originários de países que não possuem acordos comerciais com o México, como China, Índia, Coreia do Sul, Tailândia e Indonésia.
A proposta foi aprovada com 76 votos a favor, 5 contra e 35 abstenções, e entrará em vigor em 2026. A maioria dos produtos terá tarifas de até 35%.
Reações e Implicações da Medida
O governo chinês já solicitou à presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, que não implemente as novas tarifas, alertando sobre possíveis retaliações. Analistas e representantes do setor privado indicam que a medida pode ser uma tentativa de apaziguar os Estados Unidos antes da revisão do acordo comercial USMCA, prevista para julho de 2026.
Estima-se que a nova regra possa gerar US$ 3,76 bilhões em receita adicional no próximo ano, enquanto o México busca reduzir seu déficit fiscal.
Opiniões Divergentes no Senado
O senador da oposição, Mario Vázquez Robles, expressou preocupações sobre a tarifa, afirmando que ela representa um imposto adicional para os cidadãos. Ele destacou a necessidade de transparência sobre como os recursos arrecadados serão utilizados. Por outro lado, Emmanuel Reyes, senador do partido governista Morena, defendeu a medida como uma forma de impulsionar produtos mexicanos nas cadeias de suprimentos globais e proteger empregos em setores estratégicos.
Contexto Econômico e Pressões Externas
Em setembro, o México já havia anunciado um aumento nas tarifas sobre automóveis e diversos produtos da China e de outros países asiáticos. Os Estados Unidos têm pressionado nações da América Latina a restringirem seus laços econômicos com a China, buscando limitar a influência deste país na região.
Fonte por: Poder 360