MG: Mulher é demitida por justa causa após chamar colega negra de “Medusa”

Justiça mantém demissão e ressalta a importância de combater atos racistas, citando Protocolo de Julgamento com Perspectiva Racial do CNJ.

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(Imagem de reprodução da internet).

Justiça de Minas Gerais Mantém Demissão por Justa Causa em Caso de Racismo

A Justiça de Minas Gerais confirmou a demissão por justa causa de uma mulher que ofendeu uma colega com um insulto racista, chamando-a de “Medusa” devido ao seu penteado rastafári, conhecido como dreadlocks.

A decisão foi divulgada pelo Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região (TRT-3) nesta terça-feira (11). A profissional foi dispensada após zombar do cabelo da colega negra, em um ambiente onde outras pessoas riam da situação.

Detalhes do Caso e Decisão Judicial

O apelido “Medusa” foi proferido durante o expediente, e testemunhas relataram que a vítima ficou abalada, necessitando de apoio emocional de recursos humanos da empresa. O juiz enfatizou que atos de racismo, tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele, são inaceitáveis e devem ser rigorosamente combatidos.

O magistrado destacou que as evidências apresentadas no processo demonstraram claramente que a reclamante fez comentários racistas, o que caracteriza uma ofensa à honra, conforme o artigo 482, inciso “j”, da CLT. Assim, a demissão por justa causa foi considerada válida, uma vez que a confiança entre as partes foi rompida.

Conclusão e Implicações da Decisão

Com base nas provas, o colegiado validou a dispensa e negou o pedido de indenização por danos morais da trabalhadora. A decisão também mencionou o Protocolo para Julgamento com Perspectiva Racial, lançado em 2024 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Esse protocolo visa orientar juízes a considerar o contexto histórico e social do racismo no Brasil ao analisar casos, promovendo decisões mais justas e igualitárias, além de reconhecer e enfrentar práticas discriminatórias no sistema judicial.

Fonte por: CNN Brasil

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