Mineradora revela centro de terras raras em MG sem tecnologia chinesa

Mineradora revela centro de terras raras em MG sem tecnologia chinesa; operações começam no segundo trimestre de 2026.

21/10/2025 5:45

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Amostras de terras raras: Óxido de cério, Bastnasita, óxido de neodímio e carbonato de lantânio
Amostras de terras raras: Óxido de cério, Bastnasita, óxido de n...

Viridis Mining & Minerals Anuncia Centro de Pesquisa em Poços de Caldas

A mineradora australiana Viridis Mining & Minerals revelou, nesta segunda-feira (20), a construção de um centro de pesquisa e processamento de terras raras em Poços de Caldas, Minas Gerais. O projeto se destaca por não utilizar tecnologia, componentes ou equipamentos chineses.

O centro será instalado no parque industrial da cidade, a aproximadamente 7 quilômetros das concessões minerais da empresa, e funcionará como base para a produção experimental de carbonato misto de terras raras, uma etapa crucial na cadeia de refino desses minerais.

Detalhes do Centro de Processamento

As operações do centro estão previstas para iniciar no segundo trimestre de 2026. Com capacidade para processar 100 quilos de minério bruto por hora, a planta servirá como uma unidade de demonstração, focando na validação de parâmetros técnicos e na otimização operacional.

Além disso, o centro terá como objetivo gerar amostras de produtos para qualificação de parceiros de offtake, que são empresas interessadas em firmar contratos de compra antecipada da produção futura.

Contexto do Mercado de Terras Raras

O anúncio ocorre em um momento em que a China tem intensificado os controles de exportação sobre terras raras, elementos químicos essenciais para a fabricação de turbinas eólicas, veículos elétricos e equipamentos de defesa. Pequim controla mais de 80% do processamento global desses minerais e, recentemente, ampliou as restrições, exigindo autorização para a exportação de produtos que contenham até traços de terras raras.

Essa situação gerou preocupações em países ocidentais, que buscam fornecedores alternativos, como o Brasil. A decisão da Viridis de evitar insumos e tecnologia da China é considerada estratégica, visando mitigar riscos de dependência e consolidar o Projeto Colossus como um fornecedor ocidental na cadeia de minerais críticos.

Projeto Colossus e Licenciamento Ambiental

O novo centro é parte do Projeto Colossus, que visa desenvolver reservas de argilas iônicas ricas em terras raras, com potencial para produzir elementos como neodímio, praseodímio, térbio e disprósio, utilizados na fabricação de ímãs.

Atualmente, o licenciamento ambiental é a principal prioridade da Viridis. O estudo e o relatório de impacto ambiental foram apresentados em janeiro de 2025, e a expectativa é que a licença prévia seja concedida em breve. A empresa também iniciou um estudo de viabilidade definitiva, com conclusão prevista para junho de 2026.

Fonte por: CNN Brasil

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