Ministério da Saúde emite alerta sobre vacinação após casos de ‘gripe K’ no Brasil
Subclado é descoberto no Pará e no Mato Grosso do Sul
Casos de Influenza A (H3N2) no Brasil
O Brasil registrou quatro casos confirmados do subclado K da influenza A (H3N2), conhecido como “gripe K”, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde na noite de quinta-feira, 18. Os casos incluem três ocorrências no Mato Grosso do Sul e uma no Pará.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o caso no Pará está relacionado a uma importação da doença, identificado em uma mulher que retornou das Ilhas Fiji. Os três casos em Mato Grosso do Sul estão sob investigação pelo Instituto Adolfo Lutz para determinar a origem.
Importância da Vacinação
Em resposta aos novos casos, o Ministério da Saúde enfatiza a relevância da vacinação, destacando que os imunizantes disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves da gripe, incluindo aquelas causadas pelo subclado K. A hesitação em se vacinar, observada em alguns países da América do Norte, tem contribuído para a maior circulação do vírus, especialmente em contextos de baixa adesão à imunização.
Aumento Global de Casos
Até o momento, não há evidências que indiquem que o subclado K esteja associado a uma maior gravidade dos casos. Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, incluindo febre, dores no corpo, tosse e cansaço.
Comportamento da Influenza no Brasil
O Ministério da Saúde observou que, em 2025, o Brasil apresentou um padrão atípico de influenza A (H3N2), com um aumento de casos no segundo semestre, antes da identificação do subclado K no país. Esse aumento começou na região Centro-Oeste e se espalhou para outras áreas.
Atualmente, as regiões Centro-Oeste e Sudeste estão vendo uma diminuição nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associados à influenza, enquanto as regiões Norte e Nordeste apresentam uma tendência de crescimento.
Quem deve se vacinar contra a gripe?
A vacina contra a influenza é reformulada anualmente, com versões específicas para o Hemisfério Norte e Sul. No SUS, a vacinação é priorizada para grupos vulneráveis, incluindo crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos. Outros grupos-alvo incluem:
- Trabalhadores da saúde;
- Puerperas;
- Professores do ensino básico e superior;
- Indígenas;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança e salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo;
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas.
A vacina também está disponível na rede particular, em farmácias e clínicas.
Outras recomendações de saúde
Além da vacinação, o Ministério da Saúde recomenda o uso de máscara para pessoas com sintomas respiratórios, a higienização frequente das mãos e a ventilação adequada dos ambientes.
Fonte por: Estadao
Autor(a):
Redação
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