Moraes ordena que RJ preserve provas da megaoperação e permita acesso à defensoria
Decisão da ADPF 635 atende pedido da Defensoria Pública da União sobre atuação das forças de segurança em comunidades do Estado.
Decisão do STF sobre megaoperação no Rio de Janeiro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a preservação rigorosa de provas da megaoperação realizada no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, incluindo 117 criminosos e 4 policiais. A decisão foi tomada em resposta a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU) e está relacionada à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, que aborda a atuação das forças de segurança em comunidades.
A operação, considerada a mais letal da história do estado, ocorreu no complexo do Alemão e da Penha, e resultou na prisão de 113 pessoas, das quais 40% não são do Rio de Janeiro. A Secretaria de Polícia Civil do RJ informou que os detidos são de diversas regiões do Brasil, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo.
Intimação do Governador e Audiência no STF
No despacho, Moraes determinou que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, seja intimado. Além disso, foi agendada uma audiência conjunta para a próxima quarta-feira (5/11), às 10h, na sala da Primeira Turma do STF. Estarão presentes representantes de diversos órgãos, incluindo:
- Conselho Nacional de Direitos Humanos;
- Comissão de Defesa dos Direitos Humanos;
- Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro;
- Instituto Anjos da Liberdade;
- Associação Direitos Humanos em Rede – Conectas Direitos Humanos;
- Associação Redes de Desenvolvimento da Maré;
- Educação e Cidadania de Afrodescendentes Carentes – Educafro;
- Justiça Global;
- Instituto de Estudos da Religião – ISER;
- Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência;
- Coletivo Fala Akari;
- Coletivo Papo Reto;
- Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial;
- Movimento Negro Unificado – MNU;
- Centro pela Justiça e o Direito Internacional – CEJIL;
- Laboratório de Direitos Humanos da UFRJ – LADIH;
- Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular Luiza Mahin – NAJUP;
- Instituto de Defesa da População Negra – IDPN;
- Movimento Mães de Manguinhos e Instituto de Advocacia Racial e Ambiental – IARA.
Reuniões com autoridades do Rio de Janeiro
Na segunda-feira (2), Moraes se reunirá com o governador Cláudio Castro para obter informações sobre a megaoperação. O ministro já informou que a DPU não participará dessa audiência. Além do governador, Moraes também se encontrará com outras autoridades do estado para discutir a operação. A reunião com Castro está marcada para às 11h, seguida de um encontro com o prefeito Eduardo Paes (PSD) às 18h.
Essas reuniões foram agendadas em conformidade com a determinação de Moraes, que visa garantir que Cláudio Castro forneça informações sobre o cumprimento das diretrizes estabelecidas pela Corte durante a operação policial.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação
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