Motivação da Polícia Federal para a prisão de Bolsonaro explicada

PF considera que vigília de Flávio Bolsonaro representa perigo para participantes e policiais; defesa do ex-presidente busca acesso ao pedido.

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(Imagem de reprodução da internet).

Polícia Federal solicita prisão preventiva de Jair Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) requisitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido foi feito no último sábado, 22, e justificado pela PF como uma medida necessária para garantir a ordem pública. Moraes indicou que Bolsonaro teria violado a tornozeleira eletrônica durante a madrugada.

Motivos e contexto da prisão

A decisão da PF ocorreu após o senador Flávio Bolsonaro convocar uma vigília em apoio ao ex-presidente nas proximidades do condomínio onde ele estava em prisão domiciliar. A PF avaliou que a mobilização representava riscos tanto para os participantes quanto para os agentes policiais envolvidos.

A defesa de Jair Bolsonaro declarou que ainda não teve acesso aos motivos que fundamentam a prisão preventiva e está buscando informações sobre o pedido da PF ao STF.

Prisão e condições de detenção

Bolsonaro foi detido na manhã de sábado e levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala reservada para autoridades. O ministro Moraes determinou que a prisão fosse realizada com respeito à dignidade do ex-presidente, sem o uso de algemas e evitando exposição midiática, permitindo que ele decidisse sobre o uso de uniforme e armamentos.

Implicações legais e recursos

A prisão preventiva não marca o início do cumprimento da pena de Jair Bolsonaro, que foi condenado em setembro a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por liderar uma organização criminosa em uma tentativa de golpe de Estado. A defesa do ex-presidente ainda pode recorrer da decisão e buscar a revisão da condenação, alegando que a sentença se baseou em provas frágeis e contradições.

Os advogados de Bolsonaro já apresentaram embargos contra a condenação, argumentando que ele não teve participação direta nos atos que foram alvo da acusação.

Fonte por: Estadao

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