Mulher atropelada e arrastada por ex-companheiro em SP falece no Natal

Morte de Taynara Souza Santos após tentativa de feminicídio em SP

Taynara Souza Santos, de 31 anos, faleceu na noite de quarta-feira (24) após complicações decorrentes de uma tentativa de feminicídio ocorrida em 29 de novembro, na Marginal Tietê, em São Paulo. A jovem estava internada no Hospital das Clínicas desde o início do mês e não resistiu aos ferimentos. A informação foi confirmada por familiares e pela advogada que acompanha o caso.

Internação e complicações médicas

Taynara ficou 25 dias internada, tendo sido socorrida em estado gravíssimo. Inicialmente, foi levada ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli e, posteriormente, transferida para o Hospital das Clínicas. Durante sua internação, passou por pelo menos três cirurgias e teve as duas pernas amputadas após ser atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro. Embora tenha saído do coma induzido e sido extubada, seu quadro clínico piorou após uma nova cirurgia realizada na terça-feira (23).

O último procedimento cirúrgico envolveu uma nova amputação na região da coxa, necessária para a reconstrução dos glúteos, além de uma traqueostomia e uma cirurgia plástica reparadora. Na tarde de quarta-feira, familiares foram chamados ao hospital para se despedirem de Taynara, que faleceu por volta das 19h, na véspera de Natal. Até o momento, não havia informações sobre velório e enterro.

Contexto do crime e prisão do agressor

Mãe de dois filhos, Taynara foi vítima de uma tentativa de feminicídio após sair de um bar no Parque Novo Mundo. Segundo as investigações, ela estava acompanhada de uma amiga e um conhecido quando foi abordada por Douglas Alves da Silva, de 26 anos, seu ex-companheiro. Testemunhas relataram que houve uma discussão motivada por ciúmes dentro do bar, e, do lado de fora, Douglas atropelou Taynara com um carro, arrastando-a por um longo trecho.

Douglas foi preso no dia seguinte ao crime, após tentar reagir e tomar a arma de um policial, sendo baleado no processo. Ele foi levado ao hospital e, em seguida, à delegacia, onde alegou que sua intenção era atingir um homem que acompanhava Taynara, versão que foi contestada pelas investigações.

Desdobramentos legais e conclusão

A Polícia Civil tratou o caso como uma tentativa de feminicídio com extrema crueldade. Com a morte de Taynara, a tipificação do crime deve ser revista pela Justiça. O suspeito permanece preso e à disposição do Judiciário, aguardando os desdobramentos legais do caso.

Fonte por: Jovem Pan