Mulher transforma diagnóstico de câncer em missão de vida inspiradora
Valéria Baraccat continua sua luta contra o preconceito e pela dignidade das mulheres com câncer de mama após 20 cirurgias e mais de 20 anos de tratamento.

Valéria Baraccat: Uma Luta Contra o Câncer e o Preconceito
Há 21 anos, Valéria Baraccat enfrenta uma batalha constante contra o câncer de mama, acumulando seis diagnósticos e mais de vinte cirurgias. Sua experiência a ensinou que o corpo precisa de descanso e que desafiar seus limites pode resultar em consequências graves. Valéria aprendeu a viver com dor, mas também a distinguir entre sobreviver e realmente viver.
Psicóloga, jornalista e especialista em marketing, Valéria percebeu que as cicatrizes emocionais são mais profundas que as físicas. Para ela, as marcas visíveis não incomodam tanto quanto as invisíveis. Sua trajetória se tornou um exemplo de coragem, inspirando outros a encarar o câncer com mais humanidade e menos medo.
O Preconceito e a Nova Missão
Valéria afirma que “o pior câncer é o preconceito”. Após seu primeiro tratamento, ela foi aprovada em processos seletivos, mas barrada em exames admissionais. Essa experiência a motivou a cofundar o Instituto Arte de Viver Bem, onde acolhe pacientes com câncer de mama, oferecendo apoio emocional e informações. Valéria acredita que o limite entre viver e morrer é tênue e que a empatia é fundamental.
Ela destaca que as pequenas coisas da vida, como o canto dos pássaros e o sabor da comida, ganharam um novo significado para ela. Valéria também se tornou uma voz ativa, enviando cartas a CEOs de grandes empresas, pedindo mais empatia para com os pacientes oncológicos, e criticando a desigualdade no acesso ao tratamento de saúde no Brasil.
Desafios e Esperança
Em janeiro deste ano, Valéria recebeu seu sexto diagnóstico, que revelou um tumor avançado no fígado e pulmão devido a um erro médico. Apesar da gravidade da situação, sua fé em Deus a mantém firme. Ela acredita que a oração tem um impacto positivo na cura e que a fé é seu combustível.
Aos 64 anos, Valéria se vê como uma “vendedora de sonhos”, lutando por um sistema de saúde mais justo, onde todas as mulheres, independentemente de sua condição financeira, tenham acesso ao tratamento. Ela recusa o rótulo de ativista, preferindo ser lembrada como uma cidadã que não desistiu de lutar pela vida.
Reflexões Finais
Valéria encerra sua história com uma mensagem de esperança, afirmando que é feita de fé, força e gratidão. Ela acredita que enquanto houver mulheres dispostas a recomeçar, sempre haverá esperança. Sua trajetória é um testemunho de resiliência e um chamado à empatia e à justiça no tratamento do câncer.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação
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