O Brasil estabelece parcerias financeiras com a Rússia e a China

Alianças antecipam diálogo contínuo e colaboração em espaços como Brics e G20, juntamente com iniciativas de desenvolvimento de infraestrutura.

11/08/2025 9:37

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O Brasil estabelece parcerias financeiras com a Rússia e a China
(Imagem de reprodução da internet).

O Ministério da Fazenda estabeleceu acordos com Rússia e China para estabelecer canais permanentes de diálogo econômico e financeiro. O texto foi publicado nesta segunda-feira (11.ago.2025) no DOU (Diário Oficial da União).

Os acordos visam fortalecer a cooperação em fóruns multilaterais, como BRICS e G20, além de desenvolver projetos conjuntos, incluindo aqueles relacionados à infraestrutura e questões ambientais. A íntegra está disponível (PDF – 337KB).

A assinatura do acordo pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, estabelece formalmente um Diálogo Econômico e Financeiro bilateral, concebido como um canal de comunicação estável entre os ministérios dos dois países.

O diálogo será coordenado por representantes de alto escalão: o subsecretário de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica do Brasil e o diretor de Relações Financeiras Internacionais da Rússia.

As reuniões podem ser presenciais ou virtuais e apresentar como pauta temas definidos de comum acordo. A proposta é reunir especialistas, trocar informações técnicas e integrar as discussões às atividades já conduzidas pela Comissão Intergovernamental Brasil-Rússia de Cooperação Econômica, Comercial, Científica e Tecnológica.

O documento estabelece 7 áreas prioritárias de trabalho:

O documento não estabelece obrigações legais ou compromissos financeiros, mas determina que cada parte responderá por seus próprios custos e que as informações trocadas serão confidenciais, exceto com autorização expressa.

O acordo com a China, assinado por Haddad e pelo ministro chinês das Finanças, Lan Fo’an, segue-se a acordos estabelecidos em 2024 e maio de 2025, nos quais os países se comprometeram a alinhar suas estratégias de desenvolvimento.

No âmbito brasileiro, abrangem-se a NIB (Nova Indústria Brasil), o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana; no lado chinês, a Iniciativa Cinturão e Rota.

Busca-se impulsionar iniciativas conjuntas e elevar a qualidade da cooperação econômica, fomentando também a modernização de ambos os países e a integração regional sustentável. O documento reafirma o papel da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação) como principal instância para coordenar ações bilaterais.

O memorando enfatiza a cooperação financeira e registra o apoio da China ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre, uma iniciativa brasileira focada na preservação ambiental, com potencial impacto na COP30. Além disso, sublinha a relevância da contribuição de países desenvolvidos para mecanismos internacionais de proteção das florestas tropicais.

Semelhante ao caso da Rússia, não se trata de um tratado internacional com obrigações legais, mas sim de um marco político que orienta áreas de cooperação estratégica.

Fonte por: Poder 360

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