O defensor do coronel busca “desmistificar” as alegações apresentadas durante a acareação no STF

Reunião entre Marcelo Câmara e Mauro Cid na quarta-feira tem como objetivo esclarecer o monitoramento de autoridades e a participação na tentativa de go…

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(Imagem de reprodução da internet).

A defesa do coronel Marcelo Câmara demonstra otimismo ao buscar desmentir as acusações feitas contra ele. O advogado Eduardo Kuntz acredita que a manifestação programada para quarta-feira (13.ago.2025) no STF (Supremo Tribunal Federal) demonstrará que o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não esteve envolvido na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O debate será com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e visa esclarecer pontos importantes trazidos à tona pelas investigações.

Confio em dissipar as interpretações equivocadas da PGR, com base nas declarações do colaborador. Teremos a chance de demonstrar que o coronel Câmara não esteve envolvido na suposta trama, no monitoramento e nos demais elementos apresentados de maneira errônea contra ele.

A acusação alega que a ação visa demonstrar que a Câmara não conduziu o acompanhamento de autoridades, não tinha conhecimento do propósito das informações e não teve acesso ao documento original da trama. Em seu depoimento, o coronel já havia negado o monitoramento de autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A autorização para a delação foi concedida por Moraes, em resposta a solicitação do Ministério Público. A participação dele no acompanhamento foi destacada por Cid em seu depoimento como testemunha colaboradora.

O político permanece sob prisão preventiva desde o dia 18 de junho, utilizando tornozeleira eletrônica e participando da votação presencialmente. Ele também está sendo investigado por possível tentativa de obstrução da Justiça ao tentar contato com Mauro Cid.

O coronel é acusado de coordenar as ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas, segundo a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República), junto do militar Mario Fernandes. A Câmara repassava a agenda e os deslocamentos de Alexandre de Moraes a Mauro Cid, segundo as investigações.

Marcelo Costa Câmara foi detido em junho do presente ano após infringir as medidas protetivas determinadas para sua liberdade provisória, assegurada em maio de 2024. A detenção preventiva foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que indicou que Câmara teria empregado redes sociais e mantido contato com outros indivíduos envolvidos na investigação.

O Supremo Tribunal Federal analisa em ação penal a tentativa de golpe de Estado em 2022. De acordo com o denunciante da Procuradoria-Geral da República, ele integraria o núcleo operacional de uma organização criminosa que visava impedir a posse de Lula. Foi preso na Operação Contragolpe, em janeiro de 2024, porém teve liberdade provisória autorizada em maio.

Fonte por: Poder 360

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