A presidente do México, Claudia Sheinbaum, negou, nesta terça-feira (19), a existência de um acordo com a agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) para participar de um projeto conjunto contra operadores que controlam as rotas do narcotráfico na fronteira entre os dois países.
Na segunda-feira, a DEA havia informado, por meio de nota, que o México colabora no chamado “Projeto Porteiro”, mas a presidente mexicana desmentiu o anúncio. “Não há nenhum acordo com a DEA”, disse Sheinbaum em sua coletiva matutina.
A participação no programa envolve investigadores mexicanos, juntamente com autoridades americanas, promotores, funcionários da defesa e membros da comunidade de inteligência.
Sheinbaum declarou que o principal acordo alcançado foi um treinamento de policiais mexicanos no Texas e que um acordo na área de segurança com o Departamento de Estado está em andamento.
A presidente declarou que qualquer comunicação conjunta se realiza de forma conjunta. Não validamos algo emitido por parte de uma instituição do governo dos Estados Unidos que não tenha sido consultado ao governo do México.
A presidente declarou que a Chancelaria mexicana solicitará esclarecimentos na embaixada dos EUA sobre este anúncio e garantiu que isso não afeta a relação com os Estados Unidos. “A relação continua. Não há problema, há coordenação, colaboração, mas temos a obrigação de esclarecer”, afirmou.
O Projeto Portero visa desmantelar os “guardiões” dos cartéis, agentes que controlam os canais de contrabando na fronteira comum, que são “essenciais para as operações” das organizações criminosas de tráfico de drogas.
O administrador da DEA, Terrance Cole, enfatizou que a agência está adotando medidas cruciais para combater as organizações criminosas responsáveis pelo assassinato de americanos por meio de fentanil e outras substâncias tóxicas.
O governo do presidente americano, Donald Trump, tem exercido pressão sobre o México por meio de ameaças tarifárias, solicitando um aumento nos esforços no combate ao tráfico de drogas.
Com informações da AFP
Publicado por Nótaly Tenório
Fonte por: Jovem Pan