OCDE Aumenta Projeção de Crescimento do PIB do Brasil para 2025
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou suas previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2025, elevando a expectativa para 2,4%. Para 2026, a projeção é de 1,7%. Esses números são superiores às estimativas anteriores de 2,1% e 1,6%, respectivamente. A melhora nas previsões é impulsionada por uma forte safra agrícola, que deve crescer 17%, e pelo aumento do consumo das famílias, sustentado pela queda do desemprego para 5,6%, a menor taxa histórica.
Desaceleração e Desafios Econômicos
Apesar do crescimento projetado, a OCDE alerta para sinais de desaceleração na economia. O índice de atividade caiu 1,8% desde abril, e tanto as vendas do varejo quanto a produção industrial apresentaram queda em setembro. Além disso, a confiança empresarial também diminuiu. A entidade prevê que os investimentos enfrentarão dificuldades em 2026, devido a juros elevados, incertezas globais e tarifas dos EUA sobre as exportações brasileiras, embora o impacto atual seja limitado pela diversificação de mercados.
Inflação e Política Monetária
A inflação continua a ser uma preocupação, com o IPCA projetado em 5,1% para 2025, uma redução em relação à previsão anterior de 5,7%. Para 2026, a expectativa é de queda para 4,2% e 3,8% em 2027. Os principais fatores que pressionam a inflação incluem energia elétrica, alimentos e serviços. A OCDE destaca que as expectativas para 2026 e 2027 ainda estão acima da meta de 3%.
Desafios Fiscais e Sustentabilidade da Dívida
No âmbito fiscal, a OCDE vê riscos significativos para o cumprimento das metas fiscais. O déficit continua elevado, e a dívida bruta, atualmente em 77,7% do PIB, deve aumentar para 80,1% em 2026 e 82,2% em 2027. A organização enfatiza a necessidade de um esforço adicional para controlar os gastos obrigatórios e manter a dívida em uma trajetória sustentável. O não cumprimento das metas pode aumentar a incerteza e prejudicar os investimentos.
Considerações Finais
Com um cenário econômico misto, a OCDE recomenda cautela nas políticas fiscais e monetárias. A combinação de um mercado de trabalho aquecido e a pressão sobre os preços exigem uma abordagem restritiva por mais tempo, a fim de garantir a estabilidade econômica e o crescimento sustentável no Brasil.
Fonte por: Jovem Pan
