Operação em São Paulo detém 233 agressores de mulheres
Polícia Civil realiza operação em todo o Estado com quase 1.500 policiais envolvidos. Confira no Poder360.
Operação Ano Novo, Vida Nova combate violência doméstica em São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo prendeu 233 pessoas durante a operação Ano Novo, Vida Nova, que visa combater a violência doméstica e familiar contra mulheres. A ação, que começou na noite de segunda-feira (29 de dezembro de 2025), continua na manhã de terça-feira (30 de dezembro).
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, os agentes estão cumprindo mandados expedidos pela Justiça, focando em indivíduos investigados ou condenados por crimes de violência contra mulheres.
Mobilização e impacto da operação
O secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, informou que a operação conta com a mobilização de cerca de 1.500 policiais e 450 viaturas. Ele enfatizou a importância da defesa das mulheres, afirmando que não haverá trégua nesse combate.
A operação é coordenada pela Secretaria da Segurança Pública em parceria com a Secretaria de Políticas para a Mulher. A secretária Adriana Liporoni destacou que cada prisão representa um avanço significativo no combate à violência, afirmando que “um homem preso significa uma mulher salva”.
Resultados e estatísticas
Até outubro, a Polícia Civil havia prendido 11.000 agressores, e com as operações de novembro e dezembro, esse número deve chegar a 13.000. A delegada Cristiane Braga, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), ressaltou que a retirada de agressores de circulação é fundamental para prevenir crimes mais graves.
Ela também pediu que as vítimas confiem na polícia e denunciem os casos, pois isso é essencial para uma ação mais eficaz contra a violência.
Feminicídio e aumento de casos
O feminicídio, caracterizado pelo homicídio de mulheres em razão do gênero, é um crime hediondo no Brasil, com penas que variam de 12 a 30 anos de prisão. A operação foi desencadeada devido ao aumento dos casos de feminicídio em São Paulo, que registrou o maior número de ocorrências desde o início da série histórica em abril de 2015.
Um caso que ganhou destaque foi o de Tainara Souza Santos, que foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê. Ela faleceu em 24 de dezembro, aos 31 anos, deixando dois filhos. O autor do crime, Douglas Alves da Silva, foi preso no dia seguinte e o caso foi classificado como tentativa de feminicídio.
Conclusão
A operação Ano Novo, Vida Nova representa um esforço significativo das autoridades para enfrentar a violência contra mulheres em São Paulo. Com um aumento alarmante nos casos de feminicídio, a mobilização de recursos e a colaboração entre diferentes secretarias são essenciais para garantir a segurança e proteção das vítimas.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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