Orizon adquire Vital e agora controla 18% do mercado de gestão de resíduos

Orizon Valorização de Resíduos Adquire Vital em Transação de R$ 3 Bilhões

A aquisição da Vital pela Orizon Valorização de Resíduos é considerada um marco transformacional para a empresa, conforme afirmou Milton Pilão, diretor-presidente da Orizon. Ele destacou que essa fusão consolidará a liderança da companhia no setor e proporcionará ganhos significativos de escala.

Detalhes da Transação

O anúncio da transação ocorreu na manhã de quarta-feira, 17, e foi realizado inteiramente por meio de troca de ações, sem movimentação de capital em dinheiro. O valor da Vital, que inclui suas dívidas, é estimado em R$ 3 bilhões, com um múltiplo de 5,75 vezes o EBITDA.

Após a fusão, os acionistas da Orizon e a gestora EbCapital deterão 30,4% da nova empresa, enquanto os controladores da Vital ficarão com 30%. O restante das ações será negociado no mercado.

Impactos da Fusão

Atualmente avaliada em R$ 6 bilhões, a Orizon reportou R$ 281 milhões em receita e um lucro líquido de R$ 27,3 milhões no terceiro trimestre. A união das duas empresas resultará em um grupo com um valor de mercado de R$ 9 bilhões.

Com a fusão, a capacidade de gestão de resíduos da Orizon aumentará em 62%, adicionando 12 ecoparques à sua operação, além de expandir sua presença em novas localidades, como Belo Horizonte, São Luís do Maranhão e São Paulo, que é a maior concessão da América Latina.

Perspectivas Futuras

A integração dos ativos permitirá que o grupo alcance 34 ecoparques, incluindo quatro em fase de licenciamento. Pilão enfatizou que isso proporcionará uma vantagem significativa na aquisição de insumos, além de gerar oportunidades para a criação de serviços de gestão integrada nas unidades existentes.

Com a fusão, a participação de mercado da Orizon deve aumentar de 11% para 18%, abrangendo 14 milhões de toneladas de resíduos, o que representa cerca de 40% da geração de lixo no Brasil.

Conclusão

A Orizon também ampliará sua atuação em gestão integrada, incluindo coleta e concessões municipais, o que deve multiplicar suas receitas e criar novas oportunidades de crescimento. A fusão ainda precisa da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e dos municípios onde as empresas operam.

Fonte por: Estadao