Otan avalia adotar postura mais firme contra a Rússia, afirma chefe militar
Gioseppe Dragone fala ao Financial Times sobre “ataques preventivos” a Moscou, mas destaca que isso não é a “forma normal de pensar e agir”.
Otan Avalia Respostas Mais Agressivas à Ameaça Russa
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está considerando adotar uma postura mais “agressiva” em suas respostas à chamada “guerra híbrida” promovida pela Rússia na Europa, conforme declarado pelo almirante Giuseppe Dragone, chefe militar da Aliança. Essa abordagem surge em meio a uma série de ataques cibernéticos, incursões de drones e sabotagens em cabos de comunicação submarinos, ações frequentemente atribuídas à Rússia.
Possibilidade de Ação Preventiva
Dragone não descartou a possibilidade de um ataque “preventivo” por parte da Otan, embora tenha ressaltado que essa ideia está “longe da maneira normal de pensar e agir”. A declaração gerou reações do Kremlin, que considerou a fala do almirante como “irresponsável” e indicativa de uma disposição da Otan para escalar o conflito.
Preparações para Conflito Direto
Alguns países membros da Otan expressam preocupações sobre a possibilidade de um confronto direto com a Rússia até 2030, levando-os a iniciar preparativos. A França e a Bélgica, por exemplo, estão implementando mudanças em seus serviços militares, oferecendo incentivos para recrutados que podem optar por se tornar reservistas ou ingressar nas forças armadas.
Investimentos em Defesa na União Europeia
O Parlamento da União Europeia aprovou um investimento de 1,5 bilhão de euros para fortalecer a defesa, com foco na compra de equipamentos e no incentivo à indústria militar. Os franceses, em particular, veem a Rússia como uma ameaça crescente e enfatizam a necessidade de retomar um papel de destaque nas questões militares e nas negociações de paz na Ucrânia.
Negociações de Paz entre França e Ucrânia
Na última segunda-feira, o presidente francês Emmanuel Macron se reuniu com o líder ucraniano Volodimir Zelensky no Palácio do Eliseu para discutir um novo acordo de paz. Durante o encontro, Zelensky reiterou a necessidade de garantias para que os ucranianos não sejam atacados novamente, uma condição que a Rússia não está disposta a incluir nas negociações.
Zelensky também destacou que a questão territorial é um dos principais obstáculos nas tratativas, além de mencionar a importância do apoio financeiro europeu para a reconstrução da Ucrânia. Macron, por sua vez, pediu maior envolvimento dos europeus nas discussões de paz, enfatizando que um acordo completo requer a participação de todas as partes envolvidas.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação
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