Papa condena ações dos EUA perto da Venezuela: ‘Aumenta as tensões’
Pontífice defende que países podem manter militares para ‘defender a paz’
Papa Leão XIV critica envio de forças americanas ao Caribe
O papa Leão XIV manifestou sua oposição ao envio de tropas dos Estados Unidos ao Caribe, afirmando que “com a violência não ganhamos”. A declaração foi feita em uma entrevista na terça-feira (4), onde o pontífice não mencionou diretamente o presidente Donald Trump, que ordenou um destacamento militar na região nas últimas semanas. As forças americanas realizaram ataques a embarcações suspeitas de envolvimento com o narcotráfico, resultando em várias mortes.
Posição do Papa sobre a situação no Caribe
Durante a conversa com jornalistas ao deixar sua residência em Castel Gandolfo, Leão XIV destacou que um país tem o direito de manter forças armadas para “defender a paz”. No entanto, ele expressou preocupação com o aumento das tensões na região, referindo-se à presença crescente de embarcações americanas próximas à costa da Venezuela. O papa enfatizou a importância do diálogo em vez da violência para resolver conflitos.
Comentários sobre a Venezuela e a imigração
Embora Trump tenha afirmado que não planeja ataques contra a Venezuela, o presidente Nicolás Maduro acusou o republicano de tentar promover uma “mudança de regime” para controlar os recursos petrolíferos do país. O papa também foi questionado sobre a situação dos imigrantes em Chicago, sua cidade natal, onde muitos têm sido alvo de políticas rigorosas de imigração. Leão XIV lembrou que, segundo Jesus, seremos julgados pela forma como tratamos os estrangeiros.
Reflexões sobre a crise humanitária
O papa ressaltou a necessidade de uma reflexão profunda sobre a crise humanitária que afeta muitos imigrantes, que, segundo ele, têm sido injustamente impactados por políticas que não consideram suas histórias e dificuldades. Em setembro, Leão XIV já havia criticado o “tratamento desumano” que os imigrantes enfrentam nos Estados Unidos, reiterando a importância de acolher e dar boas-vindas aos que buscam refúgio.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação
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