Papa Leão XIV faz apelo pela paz em sua primeira viagem internacional
Durante sua primeira viagem ao exterior, o papa Leão XIV pediu ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que atue como um “fator estabilizador” em um mundo marcado por conflitos. O pontífice chegou a Ancara na quinta-feira (26) e foi recebido com honras no palácio presidencial.
Em seu discurso, o papa enfatizou a necessidade de promover o diálogo e a paciência, destacando que o mundo enfrenta uma fase de grandes conflitos, caracterizada por estratégias de poder econômico e militar. Ele mencionou a situação atual como uma “terceira guerra mundial em pedaços”.
Participação nas comemorações do Concílio de Niceia
A visita do papa ocorre em um contexto de tensões no Oriente Médio, e ele é o primeiro papa americano a visitar a Turquia. Durante sua estadia, Leão XIV participará das celebrações dos 1.700 anos do Concílio de Niceia, rezará com o patriarca ecumênico Bartolomeu e assinará uma declaração conjunta, simbolizando a unidade entre católicos e ortodoxos.
Ao chegar, o papa percorreu a capital turca, que estava sob forte segurança, até o mausoléu de Mustafa Kemal Atatürk, fundador da Turquia moderna. A visita também ocorre em um momento em que o status laico do país é questionado devido ao aumento do nacionalismo religioso.
Diálogo e apoio a refugiados
O Vaticano reconhece os esforços da Turquia em acolher mais de 2,5 milhões de refugiados, principalmente sírios. O papa Leão XIV seguirá os passos de seu antecessor, Francisco, ao criticar o tratamento desrespeitoso dado aos migrantes pela administração anterior dos EUA.
No Líbano, o papa buscará apoiar comunidades cristãs afetadas pela crise e rezará no local da explosão do porto de Beirute, ocorrida em 2020. Ele se comunicará em inglês na Turquia e em inglês e francês no Líbano, abandonando o italiano, e não haverá medidas adicionais de segurança, apesar do aumento das tensões na região.
Expectativas para a visita
Durante sua visita, Leão XIV deverá abordar temas como paz regional, relações inter-religiosas e migração. Líderes locais esperam que ele cobre justiça pela explosão no porto de Beirute e ofereça apoio aos jovens libaneses diante da crise econômica.
Fonte por: Jovem Pan