Paramédico brasileiro relata ataque em Sydney que deixou 15 mortos
Mendy Eskinazi, um paramédico brasileiro e judeu, prestou socorro às vítimas do ataque armado que ocorreu durante a festividade judaica de Hanukkah em Sydney, Austrália, no último domingo, 14. Ele descreveu a cena caótica que encontrou ao chegar ao local, onde corpos estavam espalhados e carrinhos de bebê estavam manchados de sangue.
Detalhes do ataque em Bondi Beach
O ataque, que ocorreu em Bondi Beach, um famoso destino turístico australiano, foi perpetrado por Sajid e Naveed Akram. Sajid, de 50 anos, foi morto pela polícia durante o incidente, enquanto Naveed, de 24 anos, sobreviveu e está hospitalizado sob custódia, enfrentando acusações de terrorismo e 15 homicídios.
As autoridades acreditam que os atacantes agiram motivados por ideologias do grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Este ataque é considerado um dos mais mortais na Austrália em quase três décadas, resultando na morte de uma menina de 10 anos e de Alex Kleytman, um sobrevivente do Holocausto de 87 anos.
Atuação de Mendy Eskinazi
Mendy Eskinazi conseguiu prestar socorro a pelo menos oito pessoas, incluindo um colega socorrista que foi atingido por dois tiros. Ele também tentou salvar o rabino Eli Schlanger, mas não teve sucesso devido à gravidade das feridas.
Reação do governo australiano
Em resposta ao ataque, o governo australiano anunciou um plano nacional de recompra de armas e prometeu endurecer as leis de controle de armas. O primeiro-ministro Anthony Albanese destacou que Sajid Akram possuía legalmente seis fuzis de alta potência, o que levantou preocupações sobre a segurança armamentista no país.
O plano de recompra será abrangente, incluindo armas recém-proibidas e ilegais, e é considerado a maior ação desse tipo desde 1996, após o massacre de Port Arthur. Além disso, Albanese anunciou medidas para combater o antissemitismo e aumentar a repressão a pregadores extremistas.
Fonte por: Estadao
