Partido União Progressista sustenta que membros devem deixar cargo sob o governo Lula

Com a maior representação no Congresso e com a posse de quatro ministérios, a medida conta com o apoio dos chefes da federação.

19/08/2025 21:35

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(Imagem de reprodução da internet).

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), vice-presidente da União Progressista, defendeu nesta terça-feira (19.ago.2025) que membros da federação que exercem cargos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) renunciem à administração petista.

O presidente da federação, Antônio de Rueda, apoiou a proposta. Ele declarou que as comissões executivas dos partidos irão analisar o assunto. “Quanto antes abordarmos, mais fácil será conduzir esta federação. Imagino que a deliberação seja no sentido de afastamento do governo”, afirmou.

O União Brasil e o Progressistas formalizaram em evento em Brasília a criação da federação, que se torna a maior bancada do Congresso. Conjuntamente, eles exercem o controle de 4 ministérios (Turismo, Integração Nacional e Comunicações, do União Brasil, e Esporte, do PP).

Para Ciro Nogueira, a manutenção de filiados à União Progressista em cargos no governo é “constrangedora”. Rueda comanda o União Brasil.

A questão que nos preocupa é a presença de integrantes do nosso partido em posições governamentais. E eu defendo que isso deva ser estritamente vedado, embora seja uma decisão que necessita do consenso dos dois partidos.

Ao ser questionado acerca de eventuais discordâncias sobre a decisão, considerando o tamanho da mesa diretora, o senador declarou que “talvez haja em torno de 5% que desejem permanecer”.

Votações no Congresso e 2026

Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um dos principais nomes da oposição no Congresso.

O senador afirmou que as duas coligações tendem a votar em conjunto, principalmente em temas que se opõem ao aumento de impostos. Contudo, acrescentou que deverá dar seu apoio quando o governo apresentar projetos positivos. “Não temos preconceito em apoiar”, declarou. A nova aliança conta com 109 deputados federais e 15 senadores.

Ele afirmou que o país deve progredir com a criação de uma opção eleitoral. “Se essas pessoas que estiveram aqui hoje, juntamente com outros governadores, se unirem na próxima eleição, vamos vencer no 1º turno”, declarou.

Ele afirmou que, apesar de ter sempre apoiado a candidatura de Jair Bolsonaro (PL), é necessário buscar uma alternativa visto que o ex-presidente está inelegível até 2030. Segundo o senador, se não houver definição rápida do cenário eleitoral, o grupo deve se organizar para lançar um nome competitivo.

Fonte por: Poder 360

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