Petro afirma que EUA atacaram laboratório de cocaína na Venezuela

Bombardeio dos EUA em Laboratório de Cocaína na Venezuela

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta terça-feira, 30, que os Estados Unidos realizaram um bombardeio em um laboratório de produção de cocaína localizado na cidade venezuelana de Maracaibo. Petro associou a instalação à guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional (ELN).

No dia anterior, o presidente americano Donald Trump informou que os EUA destruíram um atracadouro na Venezuela, supostamente utilizado para o tráfico de drogas. Este ataque marca a primeira ação militar em solo venezuelano na ofensiva de Trump contra os cartéis de drogas na América Latina.

Reações e Implicações do Ataque

Em uma publicação no X, Petro expressou preocupação com a possibilidade de que a pasta de coca seja misturada para a produção de cocaína no laboratório bombardeado. Ele não confirmou se o ataque foi o mesmo mencionado por Trump.

Petro também destacou a conexão do ELN com o tráfico de drogas na região de Catatumbo, na fronteira com a Venezuela, afirmando que a guerrilha está invadindo o país vizinho por meio de suas atividades ilícitas.

Operações do ELN e Resposta dos EUA

De acordo com o centro de estudos Insight Crime, o ELN atua tanto na Colômbia quanto na Venezuela, financiando suas operações por meio do tráfico de drogas e extorsões. Trump, por sua vez, relatou que o ataque resultou em uma grande explosão na área do atracadouro, mas não forneceu detalhes sobre a natureza da operação.

Os EUA iniciaram em setembro uma campanha de bombardeios no Caribe e no Pacífico, visando embarcações associadas a narcotraficantes, que já resultou em mais de 100 mortes. O governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, não se manifestou sobre o ataque.

Conclusão sobre a Situação Atual

Os Estados Unidos não reconhecem o governo de Maduro, acusando-o de estar ligado ao narcotráfico, especificamente ao “Cartel de los Soles”. Além das ações militares, Trump também impôs um bloqueio a petroleiros sancionados que operam na Venezuela, resultando na apreensão de pelo menos dois navios.

Fonte por: Estadao