Petrobras foca em Matopiba para comercialização de combustíveis no agronegócio

Estatal foca no agronegócio enquanto não retoma distribuição de combustível, segundo informações do Poder360.

24/11/2025 22:30

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Magda Chambriard, presidente da Petrobras

Petrobras Foca no Agronegócio do Matopiba

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou que a empresa irá direcionar sua estratégia comercial para a região do Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Essa decisão visa fortalecer a venda direta de combustíveis para o agronegócio local.

Chambriard destacou a importância do agronegócio na região, que está em expansão, e mencionou que a companhia também está atenta ao agronegócio do Centro-Oeste e à logística de veículos pesados. O objetivo é avançar nas vendas diretas para esses setores antes de retomar a distribuição mais ampla de combustíveis.

Demanda Crescente por Combustíveis

As regiões do Matopiba e do Centro-Oeste, que têm visto um aumento significativo na produção de grãos, apresentam uma demanda crescente por combustíveis. Essa demanda está alinhada com o avanço das fronteiras agrícolas, criando oportunidades favoráveis para a venda direta a grandes produtores e cooperativas.

Chambriard afirmou que a Petrobras pretende expandir suas operações comerciais nesse sentido, mesmo com as limitações impostas pela venda da BR Distribuidora, que inclui uma cláusula de não competição até 2029.

Venda da BR Distribuidora

A venda da BR Distribuidora, agora chamada Vibra Energia, foi um dos principais movimentos de desinvestimento da Petrobras na última década. Entre 2017 e 2021, a estatal reduziu sua participação acionária até deixar de ser acionista de referência, consolidando a privatização de uma das maiores distribuidoras de combustíveis da América Latina.

Essa operação fez parte da estratégia da Petrobras de focar em exploração, produção e refino, afastando-se do segmento de distribuição, que é mais competitivo. A cláusula de não competição impede a estatal de atuar diretamente no mercado de distribuição até 2029.

Críticas do Governo Lula

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a privatização da BR Distribuidora, considerando-a uma medida que compromete a soberania energética do Brasil. Ele afirmou que o governo não permitirá a repetição de tais ações que desmantelam a capacidade do país de influenciar na formação de preços.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também expressou sua insatisfação com a privatização, afirmando que a Petrobras foi “demonizada” para facilitar sua desintegração. Ele ressaltou que a venda da distribuidora foi um passo inicial em um plano maior de fragmentação da estatal.

Fonte por: Poder 360

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