Petrobras realiza testes na área para replicar atividades do órgão ambiental

Simulado de emergência agendado para iniciar em 24 de agosto. Consulte o Poder360.

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(Imagem de reprodução da internet).

A sonda da Petrobras que participará do simulado de emergência de exploração de petróleo na Margem Equatorial chegou ao local da possível perfuração, no litoral do Amapá, informou a companhia nesta 3ª feira (19.ago.2025).

A estrutura NS-42 é um equipamento empregado na APO, fase final do licenciamento ambiental para a perfuração de poço no bloco marítimo FZA-M-59, situado na Bacia da Foz do Amazonas.

Após meses de negociação, o exercício foi programado em conjunto pela Petrobras e o Ibama, órgão do MMA, que concede a autorização.

Na última quarta-feira (13.ago), o órgão ambiental confirmou que a Apro será iniciada no próximo domingo (24.ago). O procedimento simulado deve durar de 3 a 4 dias, podendo variar, de acordo com as condições de execução das atividades planejadas.

Nova fronteira

A Margem Equatorial alcançou destaque nos últimos anos devido ao seu tratamento como uma nova fronteira de exploração de petróleo e gás. Novas descobertas de petróleo nas costas da Guiana, da Guiana Francesa e do Suriname demonstraram o potencial exploratório da região, situada próxima à linha do Equador.

No Brasil, a área se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá. A Petrobras possui poços na nova fronteira exploratória, porém, até o momento, detém autorização do Ibama apenas para perfurar os dois, localizados na costa do Rio Grande do Norte.

Em maio de 2023, o Ibama chegou a recusar a autorização para outras áreas, incluindo a da Bacia da Foz do Amazonas. A Petrobras solicitou uma revisão e aguarda a resolução.

Além da empresa, órgãos do governo, incluindo o Ministério de Minas e Energia e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), têm pressionado pela liberação da licença. No Congresso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tem sido um dos principais articuladores para acelerar e autorizar a licença.

A espera pela licença de exploração gera um custo de R$ 4 milhões diários para o estado.

Ativistas ambientais

A exploração é criticada por ambientalistas, atentos aos possíveis impactos ambientais. Existe, ainda, a percepção de que se trata de uma contradição à transição energética, que visa reduzir o uso de combustíveis fósseis e aumentar a energia renovável, que emitem menos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

A Petrobras defende que a produção de petróleo na Margem Equatorial é uma decisão estratégica para evitar que o país dependa de importações de petróleo na próxima década. A empresa destaca que, embora o local seja denominado Foz do Amazonas, ele se encontra a 540 quilômetros da foz do rio propriamente dito.

Em agosto, a Academia Brasileira de Ciências emitiu um comunicado, manifestando a necessidade de mais investigações antes de permitir a realização de explorações em busca de petróleo.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte por: Poder 360

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