PF e Ibama realizam destruição de 49 dragas no rio Madeira

Operação Hefesto 2º é a terceira ação em dois meses contra o garimpo ilegal na Amazônia. Confira no Poder360.

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Na imagem, PF destrói uma draga usada em atividades de garimpo ilegal, no Rio Madeira

Na imagem, PF destrói uma draga usada em atividades de garimpo ilegal, no Rio Madeira

Operação Hefesto 2 combate garimpo ilegal no rio Madeira

A Polícia Federal, em parceria com o Ibama, iniciou na sexta-feira (24 de outubro de 2025) a operação Hefesto 2, com o intuito de combater a extração ilegal de ouro e outros crimes ambientais no rio Madeira, em Rondônia. A ação focou nos distritos de Aliança, São Carlos e Nazaré.

Durante a operação, foram identificadas e destruídas 49 dragas e balsas de diferentes tamanhos utilizadas para o garimpo ilegal. Além disso, as equipes apreenderam motores, celulares dos suspeitos e frascos de mercúrio, uma substância altamente tóxica utilizada no processamento clandestino do ouro.

Impactos ambientais e ações de fiscalização

A Polícia Federal alertou que o uso de mercúrio representa um sério risco ambiental e à saúde pública, pois pode contaminar peixes e o próprio rio. O material apreendido será analisado para auxiliar nas investigações sobre os financiadores e operadores da extração ilegal.

A operação contou com o suporte de agentes ambientais e da Coordenação-Geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, que participaram da destruição das embarcações e da neutralização das estruturas de apoio aos garimpeiros, sem registros de confrontos.

Histórico de operações contra o garimpo ilegal

A Hefesto 2 ocorre aproximadamente um mês após as operações Leviatã e Boiuna, que também visavam combater o garimpo ilegal no rio Madeira. Juntas, essas ações resultaram na inutilização de mais de 400 embarcações entre Humaitá e Manicoré, no Amazonas, causando um impacto econômico estimado em mais de R$ 1 bilhão nas atividades ilegais.

Cooperação internacional no combate a crimes ambientais

Recentemente, o governo federal fortaleceu a cooperação no combate a crimes transfronteiriços na Amazônia com a criação do CCPI Amazônia (Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia), inaugurado em setembro de 2025 em Manaus. Este centro atua como uma base de coordenação permanente entre policiais brasileiros e estrangeiros, contando com a participação de oficiais de 7 dos 9 Estados da Amazônia Legal e de 6 dos 9 países da região, incluindo Colômbia, Bolívia, Peru, Suriname e Guiana.

Conclusão

A operação Hefesto 2 é mais um passo significativo no combate à extração ilegal de recursos naturais na Amazônia, refletindo o compromisso das autoridades em proteger o meio ambiente e a saúde pública. A continuidade dessas ações é essencial para preservar a biodiversidade e garantir a segurança das comunidades locais.

Fonte por: Poder 360

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