PF investiga movimentações financeiras de 35 indivíduos em São Bernardo do Campo

A Polícia Federal conduzirá uma investigação aprofundada, denominada “devassa”, de cinco anos sobre as movimentações financeiras de 35 indivíduos. A apuração está relacionada ao esquema que resultou no afastamento do prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Marcelo Lima (Podemos).

O Judiciário concedeu a autorização para a quebra do sigilo bancário dos 35 investigados, entre eles o ex-prefeito e os indivíduos Paulo Iran Paulino Costa, que se encontra foragido, além de parlamentares municipais, assessores e empresários.

Foram autorizadas buscas e apreensões contra 16 deles.

A Polícia Federal acredita que a investigação poderá identificar outros envolvidos que ainda não foram detectados.

Marcelo Lima está sob investigação na operação Estafeta. Além de seu afastamento do cargo, ele utiliza tornozeleira eletrônica. As medidas protetivas foram determinadas pelo TJ-SP.

A Polícia Federal apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Há suspeita de que Lima faça parte de uma organização criminosa que atua em São Bernardo do Campo.

A investigação iniciou-se em julho, após as autoridades encontrarem R$ 14 milhões na residência de Paulo Iran Paulino Costa, assessor do deputado estadual Rodrigo Moraes (PL). Costa estaria conectado a Marcelo Lima.

Na residência, os policiais apreenderam documentos que comprovavam o pagamento de despesas particulares do prefeito e de sua família. Além disso, foram encontrados crachás de acesso à Prefeitura de São Bernardo do Campo.

A Polícia Federal aponta evidências de pagamentos de propina em contratos municipais envolvendo setores de obras, saúde e manutenção.

Na quinta-feira (14.ago), foram apreendidos, em diversos locais, cerca de R$ 1,6 milhão, pertencentes a empresários e servidores suspeitos de participar de um esquema de desvio de recursos públicos, conforme noticiado pelo portal G1.

A Prefeitura de São Bernardo declarou que irá colaborar com todas as informações necessárias em relação ao caso. Em nota, afirmou que “a gestão municipal é a principal interessada para que tudo seja devidamente apurado”. Complementou dizendo que “o episódio não afeta os serviços na cidade”.

Fonte por: Poder 360