PF revela que entidade ligada a desvios do INSS possuía planilhas de propinas

Investigação da PF revela desvios de R$ 640 milhões da Conafer para empresas de fachada e contas de operadores financeiros.

13/11/2025 23:30

1 min de leitura

Fachada da sede do Instituto Nacional do Seguro Social, INSS

Investigações Revelam Desvios na Conafer

A Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais) está sendo investigada por desvios de recursos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A Polícia Federal (PF) encontrou planilhas que indicam o pagamento de propinas a diretores do INSS e a políticos.

Segundo a PF, a Conafer recebeu R$ 708,2 milhões do INSS, dos quais R$ 640 milhões foram desviados para empresas de fachada e contas de operadores financeiros associados ao grupo investigado. A análise do fluxo financeiro revelou que mais de 90% da receita da entidade, proveniente de descontos indevidos, foi transferida para empresas sem estrutura física ou empregados.

Detalhes da Operação Sem Desconto

Mensagens entre membros do núcleo financeiro da Conafer e seus dirigentes mencionavam “prestação de contas”, com planilhas que continham apelidos de beneficiários. Entre os nomes citados estão:

  • André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS, conhecido como “Herói A”
  • Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS, chamado de “Herói V”, que recebeu R$ 6,5 milhões
  • Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, conhecido como “Italiano”, que recebia R$ 250 mil por mês

Esses destinatários das propinas eram referidos como “heróis” ou “amigos” nas planilhas, que continham nomes e valores correspondentes às movimentações bancárias. Recentemente, Fidelis, Virgílio e Stefanutto foram presos durante a operação.

Movimentações Financeiras Suspeitas

Foi identificado que as contas das empresas envolvidas recebiam valores em datas e quantias coincidentes com os documentos apreendidos com Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer. A investigação aponta que, desde o início do convênio até a operação policial, Cícero Marcelino de Souza Santos movimentou centenas de milhões de reais, repassando quantias significativas a servidores públicos e agentes políticos.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.