Arquivamento de Investigação sobre Ministro do STF
A Procuradoria Geral da República (PGR) decidiu arquivar um pedido de investigação relacionado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no contexto do caso do Banco Master. O arquivamento foi fundamentado na análise do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que não encontrou indícios de ilicitude que justificassem a investigação.
O contrato entre o Banco Master e o escritório de advocacia liderado por Viviane Barci de Moraes, esposa de Moraes, foi um dos pontos que motivaram o pedido de investigação. No entanto, Gonet afirmou que não há evidências que sustentem a acusação.
Justificativas para o Arquivamento
Em seu despacho, Gonet destacou a falta de provas que sustentem as alegações contra Moraes. Ele mencionou que tanto o ministro quanto o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, negaram qualquer pressão relacionada ao Banco Master. A análise preliminar concluiu que a narrativa sobre intimidação carece de fundamentos concretos.
Gonet também ressaltou que a Suprema Corte não deve interferir em negócios jurídicos entre particulares, especialmente quando esses negócios estão protegidos pela autonomia da advocacia.
O pedido de investigação foi protocolado em 24 de dezembro pelo advogado Enio Martins Murad.
Controvérsias Envolvendo Moraes e o Banco Master
A jornalista Malu Gaspar, em uma reportagem publicada em 24 de dezembro, relatou que Moraes teria contatado o presidente do Banco Central durante a crise do Banco Master. O contrato entre o banco e o escritório de sua esposa levantou questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse.
O contrato de prestação de serviços jurídicos foi firmado antes da liquidação extrajudicial do Banco Master, e as reuniões entre Moraes e Galípolo ocorreram em um período próximo à intervenção na instituição financeira, o que gerou críticas.
Moraes divulgou uma nota em 23 de dezembro, negando que suas conversas com Galípolo tenham tratado de assuntos relacionados ao Banco Master. O gabinete do ministro também afirmou que o escritório de Viviane Barci nunca atuou na venda do banco para o BRB.
Os rumores sobre a situação se intensificaram devido à contratação de Viviane Barci pelo Banco Master, com honorários que totalizariam R$ 129 milhões ao longo de 36 meses, conforme informações inicialmente divulgadas por Malu Gaspar.
Fonte por: Poder 360
