PIB fraco: governo deve reduzir gastos para impulsionar crescimento do País

Economia permanece quase estagnada no terceiro trimestre devido aos juros altos e ao esgotamento das políticas de estímulo ao consumo.

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(Imagem de reprodução da internet).

Crescimento do PIB Brasileiro no Terceiro Trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de apenas 0,1% no terceiro trimestre em comparação ao segundo, indicando uma estagnação econômica, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 4. Essa desaceleração é uma tendência que pode persistir, influenciada por altas taxas de juros e a diminuição das políticas de estímulo ao consumo implementadas pelo governo.

Desempenho do Consumo e da Indústria

No terceiro trimestre, o consumo das famílias e os serviços apresentaram um crescimento de apenas 0,1%, refletindo a perda de impulso desses setores, que são fundamentais para o crescimento do PIB. Apesar da taxa de desemprego estar em níveis historicamente baixos, esses indicadores mostram um cenário preocupante para a economia.

A indústria, por sua vez, teve um crescimento de 0,8%, impulsionada principalmente pela indústria extrativa, que inclui os setores de óleo, gás e minério de ferro. Em contraste, a indústria de transformação, que depende mais de crédito, teve um aumento modesto de 0,3%.

Exportações e Taxa de Poupança

As exportações brasileiras cresceram 3,3%, sugerindo que as tarifas impostas por Donald Trump tiveram um impacto limitado sobre a economia nacional. Entretanto, a taxa de poupança continua baixa, permanecendo em 14,5% do PIB, enquanto a taxa de investimento caiu de 17,4% para 17,3% no mesmo período.

Em comparação, durante os anos de crescimento robusto entre 2004 e 2008, a taxa de poupança superava 20%, o que favorecia um investimento mais elevado. Naquela época, o governo mantinha superávits primários, o que ajudava a alavancar investimentos privados.

Perspectivas Futuras para a Economia

A atual fraqueza econômica pode intensificar a pressão sobre o governo para que o Banco Central inicie a redução das taxas de juros. Contudo, os sinais até agora indicam que a taxa deve permanecer em 15% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com possíveis cortes apenas em reuniões futuras, em janeiro ou março do próximo ano.

Para que o Brasil retome um crescimento mais robusto, é essencial que o governo adote uma postura de contenção de gastos. Essa estratégia pode contribuir para a redução da inflação e dos juros, além de estimular o aumento das taxas de poupança e investimento. No entanto, as ações do governo até o momento parecem seguir uma direção oposta.

Fonte por: Estadao

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