Planalto instrui ministros a apoiar Moraes sem celebrar prisão de Bolsonaro
Recomendação pede que comentários sejam sóbrios; “festa” é delegada a parlamentares e dirigentes do PT.
Ministros do Governo Lula Recebem Orientações Após Prisão de Bolsonaro
Em Brasília, ministros do governo Lula foram instruídos a evitar comemorações nas redes sociais em relação à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A orientação não implica em um silêncio absoluto, mas sim em uma comunicação cautelosa, preferencialmente em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, responsável pela decisão.
Reações de Dirigentes do PT e Apoio a Moraes
A celebração entre os apoiadores do governo foi delegada a parlamentares e líderes do partido. Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, enfatizou a importância de apoiar Moraes, que enfrenta ataques de bolsonaristas após a prisão de Bolsonaro. Ela destacou que a decisão do ministro se baseou em riscos reais de fuga do ex-presidente.
Guilherme Boulos, titular da Secretaria-Geral da Presidência, também adotou um tom moderado, afirmando que a prisão de Bolsonaro deve ser um marco na história do Brasil, simbolizando a defesa da democracia.
Perspectivas e Consequências da Prisão
José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, considerou a prisão de Bolsonaro como um “recomeço para o Brasil”. Ele agora coordena um programa do PT que definirá as diretrizes do partido para os próximos anos. Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, ressaltou que a decisão de Moraes foi necessária para garantir a ordem pública, já que Bolsonaro continuava a atuar politicamente mesmo em prisão domiciliar.
Impacto no Projeto de Anistia
Aliados de Bolsonaro acreditam que a prisão pode impulsionar o projeto de lei de anistia. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, criticou a decisão de Moraes, enquanto o deputado Paulo Pereira da Silva previu que o assunto será reaberto no Congresso. No entanto, ele reafirmou que seu parecer não mudará, pois o texto propõe a diminuição das penas, e não uma anistia total.
Conclusão sobre a Situação Atual
Se a proposta de diminuição das penas for aprovada e não for considerada inconstitucional pelo STF, Bolsonaro poderá ter sua pena reduzida. O advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, comentou que a situação deve ser tratada com coerência, defendendo que a sentença penal seja cumprida após o trânsito em julgado. Ele também mencionou a detecção de uma tentativa de fuga por parte do ex-presidente.
Fonte por: Estadao
Autor(a):
Redação
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