Reunião em Genebra discute contraproposta para a paz na Ucrânia
No último domingo (23), delegações da Ucrânia e da Europa se reuniram em Genebra, na Suíça, para discutir uma contraproposta ao plano dos Estados Unidos visando encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia. O encontro teve como foco a revisão de aspectos do plano americano, especialmente em relação às forças armadas ucranianas e às questões territoriais.
A proposta europeia sugere que o número de militares da Ucrânia seja limitado a 800.000 em tempos de paz, superando o limite de 600.000 sugerido pelo plano dos EUA. Além disso, a contraproposta estabelece que as negociações sobre trocas territoriais devem começar a partir da Linha de Contato.
Pontos principais da contraproposta
A contraproposta apresentada em Genebra inclui diversos pontos relevantes que visam estabelecer um novo marco para as relações entre a Ucrânia e a Otan, além de garantir a segurança do país. Confira os principais aspectos:
- Limite de 800 mil militares ucranianos em tempos de paz;
- A adesão da Ucrânia à Otan depende do consenso entre os membros da aliança;
- Caças da Otan serão posicionados na Polônia;
- A Ucrânia receberá garantias dos EUA que refletem o Artigo 5 da Otan;
- A Ucrânia será compensada financeiramente, incluindo por meio dos ativos soberanos russos que permanecerão congelados até que a Rússia compense os danos à Ucrânia;
- A Ucrânia se compromete a não recuperar seu território soberano ocupado por meios militares, com as negociações sobre trocas territoriais começando a partir da Linha de Contato;
- A Ucrânia realizará eleições assim que possível após a assinatura do acordo de paz.
Avanços nas negociações
Após a reunião em Genebra, uma nova rodada de conversas entre a delegação ucraniana e representantes dos Estados Unidos teve início. Autoridades afirmaram que as discussões até o momento foram produtivas e, em algumas áreas, até conclusivas, segundo um oficial dos EUA. O progresso nas negociações pode indicar um caminho mais claro para a resolução do conflito.
Fonte por: CNN Brasil