‘Por um triz não prendemos o Doca; secretário da Polícia do Rio afirma que hora dele vai chegar’
Edgar Alves de Andrade, um dos líderes do Comando Vermelho, é alvo de investigação por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças.
Defesa da Megaoperação no Rio de Janeiro
Felipe Curi, secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, reiterou a defesa da megaoperação que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais. A ação tinha como alvo principal Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, considerado um dos líderes do Comando Vermelho nas comunidades do Complexo da Penha e na zona oeste do Rio. Curi afirmou que a polícia esteve muito próxima de capturá-lo.
Segundo Curi, moradores das comunidades expressaram apoio à operação, pedindo mais ações para prender criminosos. Ele acredita que a prisão de Doca é uma questão de tempo e que a operação causou um impacto significativo na facção criminosa.
Denúncias e Investigações
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou Doca e mais 66 pessoas por associação para o tráfico, com três deles também acusados de tortura. Doca é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores. Ele possui 34 mandados de prisão em aberto e é suspeito de ser o mandante da execução de três médicos em outubro de 2023.
Além disso, em maio deste ano, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou Doca e outros dois criminosos pelo ataque a uma delegacia em Duque de Caxias, onde teriam ordenado uma invasão, resultando em várias acusações, incluindo tentativa de homicídio qualificado.
Identificação dos Mortos
O governo do Rio informou que, dos 99 mortos identificados, 42 tinham mandados de prisão pendentes e 78 possuíam histórico criminal relevante, como tráfico e homicídio. Além disso, 40 das vítimas eram de outros estados, incluindo Pará, Amazonas e Bahia.
Nove dos mortos eram líderes do tráfico de drogas, com nomes conhecidos como Russo e DG, que atuavam em diferentes regiões do Brasil. O Instituto Médico Legal (IML) está sendo utilizado exclusivamente para necropsias relacionadas à operação, enquanto o atendimento às famílias ocorre em um prédio do Detran próximo ao instituto.
Atuação da Defensoria Pública
A Defensoria Pública do Rio formou uma força-tarefa com 40 profissionais para atender as famílias das vítimas, que já buscaram assistência para obter documentos e regularizar sepultamentos. A defensora Mirela Assad destacou as dificuldades enfrentadas devido à ausência de familiares para a identificação dos mortos.
A deputada Dani Monteiro (PSOL) acompanhou a comitiva do governo federal nas comunidades afetadas, enfatizando que direitos humanos são fundamentais para uma política pública eficaz. O Ministério Público do Rio de Janeiro também está utilizando tecnologia avançada para registrar lesões externas nos corpos, auxiliando nas investigações.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação
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