Preço para se hospedar na COP30 tornou-se extorsão, afirma Marina Silva

A ministra do Meio Ambiente declara que o evento não deve ser empregado como meio de obter lucro.

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Convocada pela comissão de Agricultura, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, foi chamada de 'adestrada' e 'mal-educada' por deputado. Em maio, Marina abandonou audiência no Senado após ataques. Mariana sentiu-se desrespeitada durante depoimento a comissão de agricultura da Câmara dos Deputados em que foi alvo de críticas e ataques de parlamentares nesta quarta-feira (02.jul.2025), disse que o comportamento não é novo e que "o desrespeito às vezes é a única coisa que as pessoas que não conhecem o respeito são capazes de oferecer." | Sérgio Lima/Poder360 - 02.jun.2025

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), declarou, neste sábado (9.ago.2025), que os valores cobrados para hospedagem em Belém durante a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025) – em novembro de 2025 – representam uma extorsão e que o governo federal necessita realizar um “esforço muito grande” para assegurar a acessibilidade econômica.

A situação é muito séria, uma extorsão. O evento não pode ser encarado como uma oportunidade de obter lucro […]. Estão sendo feitos grandes esforços para assegurar preços acessíveis a países em desenvolvimento e suas delegações, declarou durante sua participação em evento realizado no Sesc Pinheiros (SP), para discutir a participação de jovens na conferência.

A ministra afirmou que a articulação do governo federal para tentar diminuir os preços de hospedagem na conferência pode auxiliar, porém que o aumento nos valores cobrados pelo setor hoteleiro “irá ficar para a história”.

Observa-se que a rede hoteleira da cidade tem cobrado preços dez vezes superiores ao valor habitual. O fluxo de pessoas foi intenso, mesmo considerando o histórico inflacionário da COP. Em outras edições do evento, os valores de ingressos subiram de duas a três vezes.

Em junho, o governo federal, através da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), levantou formalmente questões a 24 estabelecimentos de hospedagem acerca dos valores das tarifas cobradas para a COP30. O objetivo era verificar a existência de eventuais “práticas abusivas” em relação aos preços das diárias oferecidas a delegações.

O documento continha dúvidas acerca dos valores de preços em anos anteriores, a razão de aumentos superiores a 50% e a taxa de ocupação para o período do evento. A íntegra da notificação (PDF – 210 kB) está disponível.

A Senacon, órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, em seus ofícios, possui natureza preventiva e busca investigar possíveis práticas abusivas e incrementos inusitados nos valores de diárias durante a realização da COP30.

O Brasil negocia com a ONU o incremento dos valores a serem repassados para cobrir a hospedagem das delegações que participarão da Conferência.

Os recursos provêm de um fundo fiduciário que financia a permanência de 144 países no evento. A capital paraense deverá receber no mínimo 100 chefes de Estado. O número total estimado é de 50.000 pessoas.

Em maio, o governo federal iniciou o recebimento, pelas embaixadas no Brasil, de informações sobre a preocupação com a viabilidade da participação de representantes na conferência em razão da ausência de acomodações.

A capital paraense registra uma carência de leitos para atender à demanda prevista para a cúpula climática. Belém necessita aumentar em mais de o dobro o número de vagas para receber as aproximadamente 60 mil pessoas projetadas para participar do evento.

Fonte por: Poder 360

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