Preços da energia devem aumentar acima da inflação em 2025
Reajustes médios de 6,3% impulsionados pelo orçamento recorde da CDE, descontinuação da Eletrobras e alta do dólar.
A Aneel revisou as projeções para as tarifas de energia elétrica em 2025, com um reajuste médio de 6,3%, que excede a inflação, estimada em 5,05% pelo IPCA e 1,28% pelo IGP-M.
O aumento significativo se deve ao orçamento aprovado para a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), um custo do setor pago pelos consumidores de energia elétrica destinado a financiar diversas políticas públicas.
O orçamento da CDE para o ano corrente foi fixado em R$ 49,2 bilhões, com a maior parcela a ser financiada pelos consumidores.
O incremento de R$ 8 bilhões em relação à estimativa inicial se deve a fatores como:
O relatório da Aneel aponta ainda outros elementos que também influenciam as tarifas de energia. O custo da energia, afetado pela desestatização da Eletrobras, aumentou com a progressiva alienação de suas usinas, que possuíam tarifas mais baixas, elevando o custo médio para as distribuidoras e, por conseguinte, para os consumidores. Menciona também a alta no valor da moeda norte-americana, que impacta a geração de energia da Itaipu.
A agência também constata que o retorno de créditos tributários de PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) foi inferior ao previsto inicialmente, o que impactou o aumento das tarifas.
A conta de luz está excessivamente cara.
A Aneel adverte que as bandeiras tarifárias persistem até o fim do ano, com a bandeira vermelha 2 (adição de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos) em operação durante o mês de agosto. Tal situação decorre do incremento nos custos de produção de energia, notadamente devido à utilização de usinas termelétricas.
Espera-se que a bandeira verde, mais econômica, volte em dezembro, com a recuperação dos reservatórios de energia.
Fonte por: Poder 360
