Prefeito do Rio critica alterações em voos para Santos Dumont; Anac responde
Eduardo Paes denuncia ‘forças ocultas’ tentando flexibilizar restrições no aeroporto; agência esclarece que processo é parte de repactuação do Galeão.
Prefeito do Rio critica Anac sobre voos no Santos Dumont
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), utilizou suas redes sociais no último domingo, 21, para criticar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo Paes, a agência estaria atuando nos bastidores para flexibilizar as restrições de voos no aeroporto Santos Dumont.
Redução de voos e redirecionamento para o Galeão
Em outubro de 2023, após negociações entre o governo federal e o Tribunal de Contas da União (TCU), iniciou-se a redução de voos no Santos Dumont, com redirecionamento para o Aeroporto Internacional do Galeão. As autoridades do Rio pressionaram por uma solução que fortalecesse o Galeão, que estava perdendo movimento, visando torná-lo um ponto de partida e chegada internacional.
A expectativa era atrair a iniciativa privada para a concessão do terminal internacional. Apesar de a concessionária Changi ter inicialmente desistido da outorga, ela voltou atrás após as mudanças nas operações de voos.
Críticas do prefeito
O prefeito anexou um despacho da Anac convocando companhias aéreas para uma reunião sobre o assunto. Ele expressou preocupação com a movimentação da agência, considerando-a um “absurdo” e com interesses “estranhos”.
Posicionamento da Anac
A Anac respondeu à crítica do prefeito, afirmando que a flexibilização das restrições no Santos Dumont está sendo discutida de forma transparente desde junho. A medida foi determinada pelo Ministério de Portos e Aeroportos para garantir a sustentabilidade do Galeão.
A agência esclareceu que as mudanças nas operações dos aeroportos decorrem de um acordo de repactuação do contrato de concessão do Galeão, aprovado pelo TCU. A Anac também informou que a reunião com as empresas aéreas teve como objetivo avaliar as possibilidades de alteração de voos, considerando o planejamento da malha aérea e as limitações operacionais.
Conclusão
A Anac reafirmou seu compromisso com a segurança jurídica e a execução das políticas públicas para o setor de aviação civil, em benefício do Rio de Janeiro e do Brasil. A reportagem também buscou um posicionamento do Ministério de Portos e Aeroportos, mas não obteve resposta.
Fonte por: Estadao
Autor(a):
Redação
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