Premiê da Austrália sofre vaias em homenagem às vítimas de terrorismo em Sydney

Atentado terrorista em festival judaico deixa 15 mortos e muitos feridos no último domingo (14)

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Primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, e sua esposa, Jodie Haydon, participam da cerimônia em memória das vítimas do tiroteio na praia de Bondi, em Sydney

Primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, e sua esposa, Jodie Haydon, participam da cerimônia em memória das vítimas do tiroteio na praia de Bondi, em Sydney

Protestos marcam cerimônia em memória das vítimas do ataque em Bondi Beach

No último domingo (21), o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, enfrentou protestos durante a cerimônia em homenagem às vítimas do ataque terrorista em Bondi Beach. O evento, que contou com forte esquema de segurança, prestou tributo às 15 pessoas que perderam a vida e aos feridos no atentado que ocorreu durante uma celebração de Hanukkah.

Albanese, que compareceu ao evento vestido de terno preto e usando um quipá, foi recebido com vaias tanto na sua chegada quanto quando seu nome foi mencionado pelos oradores. A reação negativa do público reflete as crescentes críticas ao governo, acusado de não agir com firmeza suficiente contra o aumento do antissemitismo no país desde o início do conflito em Gaza.

Em contraste, o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, foi aplaudido ao afirmar que a comunidade havia “recuperado a praia” do medo imposto pelos extremistas.

Falhas na segurança e resposta do governo

O ataque, realizado por dois atiradores supostamente inspirados pelo grupo terrorista Estado Islâmico, expôs sérias falhas no sistema de segurança australiano. O incidente destacou problemas no compartilhamento de informações entre agências de inteligência e na concessão de licenças para armas de fogo.

Em resposta à tragédia e à pressão popular, Albanese anunciou uma série de medidas imediatas:

O governo federal também reiterou que já havia expulsado o embaixador do Irã no início do ano e aprovado leis que criminalizam o discurso de ódio, prometendo uma ofensiva para erradicar o antissemitismo.

Homenagens e reflexões

A cerimônia em Bondi Beach reuniu milhares de participantes e foi protegida por atiradores de elite e embarcações policiais. Às 18h47, horário exato do início dos disparos na semana anterior, foi respeitado um minuto de silêncio. Bandeiras em prédios públicos foram hasteadas a meio mastro, e as transmissões de rádio e TV foram interrompidas em sinal de respeito.

Líderes comunitários e sobreviventes compartilharam suas reflexões sobre a perda da inocência nacional. David Ossip, do Conselho Judaico de Deputados, lamentou que a nação tenha sido “manchada de sangue”, mas reforçou a mensagem de esperança do Hanukkah. Um dos momentos mais emocionantes foi o discurso de Chaya Dadon, uma sobrevivente de 14 anos, que pediu resiliência à população.

O pai de Ahmed al Ahmed, considerado o “Herói de Bondi” por desarmar um dos terroristas durante o ataque, também esteve presente. As autoridades encerraram o dia pedindo que os cidadãos acendessem velas em suas casas para marcar o fim do festival das luzes e o início de um período de recuperação nacional.

Fonte por: Jovem Pan

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