Presidente francês acusa líder russo de ser “bicho-fera” e provoca “tendência desestabilizadora” na Europa

Em entrevista à emissora francesa LCI nesta terça-feira (19.ago.2025), o presidente francês, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), afirmou que o presidente russo Vladimir Putin (independente, esquerda) “raramente honrou seus compromissos” e representa uma “força desestabilizadora”.

A declaração ocorreu após a reunião em Washington entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro) e líderes europeus. O assunto tratado foi uma possível reunião entre Zelensky e Putin nas próximas duas semanas.

Macron afirmou ainda que considera que a Rússia não voltará à paz e a um sistema democrático aberto da noite para o dia. Para o presidente francês, Putin precisa seguir “se alimentando dessa situação” para sua própria permanência no poder. “E por isso ele é um predador, um ogro às nossas portas”, declarou.

Não estou afirmando que a França será atacada amanhã, mas representa uma ameaça para os europeus […]. Não devemos ser ingênuos, acrescentou Macron.

Em entrevista à NBC News, o presidente francês indicou que não deveria haver otimismo semelhante ao demonstrado por Donald Trump em relação à possibilidade de um acordo de paz. “Quando analiso a situação, não acredito que o presidente Putin queira a paz neste momento, embora eu possa estar sendo excessivamente pessimista”, afirmou.

Na terça-feira (19.ago), a União Europeia promoveu uma reunião com os líderes do bloco para analisar os resultados da cúpula em Washington D.C. Zelensky manifestou apoio a um encontro bilateral com Putin. A próxima fase incluiria uma conversa tripartite com Trump.

Em Washington, Macron solicitou que a reunião compreendesse a presença de representantes europeus e que, na eventualidade de Putin não aceitar um acordo de paz, novas sanções fossem aplicadas a Moscou.

O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, declarou que qualquer encontro entre Putin e Zelensky, em relação à guerra na Ucrânia, deve ser cuidadosamente preparada.

Fonte por: Poder 360