Renúncia do Primeiro-Ministro da Mongólia
O primeiro-ministro da Mongólia, Gombojav Zandanshatar, anunciou sua renúncia após perder o apoio do Parlamento, conforme reportado pela mídia estatal chinesa nesta sexta-feira (17). Zandanshatar ocupava o cargo há apenas quatro meses, tendo sido nomeado em junho deste ano.
A decisão de demitir Zandanshatar foi tomada em uma votação realizada pelos parlamentares, conforme informações da agência de notícias oficial chinesa Xinhua. O político, que já havia sido ministro das Relações Exteriores e presidente do Parlamento, enfrentou dificuldades em manter o apoio legislativo.
Contexto Político e Econômico
O ex-primeiro-ministro, de 55 anos, assumiu o cargo após a renúncia de Luvsannamsrai Oyun-Erdene, que também deixou o posto devido à perda de apoio parlamentar, em meio a denúncias de corrupção e protestos populares. A instabilidade política na Mongólia tem sido uma constante, refletindo a insatisfação pública com a corrupção e a fragilidade da economia.
Com a saída de dois primeiros-ministros em um curto período, a situação política se torna ainda mais incerta, o que pode afetar a confiança dos investidores no país, que é rico em recursos naturais.
Expectativas Futuras
O presidente da Mongólia, Ukhnaa Khurelsukh, deverá nomear um novo primeiro-ministro, que precisará da aprovação do Grande Khural do Estado, o Parlamento local. Essa transição é crucial para a continuidade das políticas governamentais e para a estabilidade econômica do país.
Recentemente, o Banco Mundial revisou suas previsões de crescimento econômico da Mongólia para 2025, reduzindo a estimativa de 6,3% para 5,9%, citando fatores como a queda nos preços do carvão, incertezas no comércio global e inflação elevada. O PIB da Mongólia registrou um crescimento de 4,9% em 2024.
Fonte por: CNN Brasil