Professora é assassinada poucas horas após depoimento sobre desvio de R$ 27 mi em Pernambuco

Simone Marques, testemunha do caso, é assassinada antes de novo depoimento agendado para terça-feira (29).

30/10/2025 14:30

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(Imagem de reprodução da internet).

Professora é assassinada em Ipojuca após depor sobre desvio de verbas

A professora Simone Marques, de 46 anos, foi morta a tiros na tarde da última terça-feira (28) em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. O crime ocorreu poucas horas após ela ter ido à Delegacia de Porto de Galinhas para prestar depoimento sobre um inquérito que investiga o desvio de R$ 27 milhões em emendas parlamentares da Câmara Municipal de Ipojuca.

Simone, que lecionava na Faculdade Novo Horizonte, estava acompanhada de um advogado no momento em que chegou à delegacia por volta das 12h40. No entanto, seu depoimento foi adiado devido à presença de outra testemunha. Ela deixou a delegacia cerca de 20 minutos depois, com uma nova data marcada para o dia seguinte.

Por volta das 15h55, a Polícia Militar foi acionada após relatos de disparos na Rua Ana Maria Dourado, onde Simone residia com os pais. Ela foi encontrada sem vida no quintal de sua casa.

Investigação do homicídio

A Polícia Civil de Pernambuco, através da Força-Tarefa de Homicídios da Região Metropolitana Sul, está investigando o caso como homicídio consumado. Um inquérito policial foi aberto para apurar as circunstâncias do crime e identificar os responsáveis.

A Faculdade Novo Horizonte, onde Simone trabalhava, é mencionada nas investigações sobre o desvio de recursos públicos. O inquérito apura a destinação de emendas parlamentares que deveriam ser aplicadas em projetos sociais e educacionais, mas que, segundo as investigações, foram desviadas para instituições de fachada.

Operação Alvitre e desvio de verbas

A Operação Alvitre, realizada no dia 2 de outubro, resultou na prisão de três mulheres suspeitas de envolvimento no esquema de desvio de recursos. A operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva, enquanto quatro homens permanecem foragidos.

As investigações revelaram que as emendas parlamentares impositivas, que deveriam ser destinadas a áreas como saúde e educação, foram mal utilizadas. A Prefeitura de Ipojuca afirmou que a operação focou em emendas executadas pela gestão anterior e que não houve ações direcionadas à administração atual.

Compromisso com a transparência

A Prefeitura de Ipojuca reafirmou seu compromisso com a legalidade e a boa gestão dos recursos públicos, destacando que está colaborando plenamente com as autoridades competentes. A administração atual está implementando medidas para garantir a transparência na utilização das emendas parlamentares impositivas.

A Faculdade Novo Horizonte foi contatada para esclarecimentos sobre a situação e aguarda resposta.

Fonte por: CNN Brasil

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