Proprietário da Ultrafarma é preso em operação de combate a fraudes fiscais

A polícia deteve Sidney Oliveira e mais dois indivíduos suspeitos; o esquema investigado pode ter envolvido movimentação de R$ 1 bilhão em propinas desd…

12/08/2025 10:56

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Proprietário da Ultrafarma é preso em operação de combate a fraudes fiscais
(Imagem de reprodução da internet).

O fundador e proprietário da Ultrafarma, Sidney Oliveira, foi preso na terça-feira (12.ago.2025) durante a operação Ícaro, do Ministério Público de São Paulo. Ele é um dos alvos de uma investigação sobre um esquema de fraudes em créditos tributários.

A ação também levou à prisão de:

A investigação realizada pelo Gedec (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos) apontou que o esquema movimentou aproximadamente R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. O auditor fiscal, conforme os promotores, adulterava processos administrativos para viabilizar o pagamento de créditos tributários às empresas envolvidas.

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo declarou, em nota ao Poder360, que “tem atuado em diversas frentes e operações no combate à sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ilícitos contra a ordem tributária, em conjunto com os órgãos que deflagraram a operação na data de hoje”.

A Secretaria da Fazenda de São Paulo informa que instaurou procedimento administrativo para apurar, com rigor, a conduta do servidor envolvido e que solicitou formalmente ao Ministério Público do Estado de São Paulo o compartilhamento de todas as informações pertinentes ao caso.

A acusação foi confirmada com a constatação de que o auditor recebia valores mensais por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe, em troca dos serviços prestados.

Em buscas na residência de um dos investigados em Alphaville, na região metropolitana de São Paulo, promotores e policiais apreenderam dinheiro em espécie e pacotes de esmeraldas. Além das prisões, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nos endereços residenciais dos investigados e nas sedes das empresas envolvidas.

O Poder360 contatou Ultrafarma, Fast Shop, Gedec e MP por e-mail para solicitar seus comentários sobre a operação caro. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.

Segue a íntegra da nota da Sefaz-SP:

A Sefaz-SP (Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo) está à disposição das autoridades e colaborará com os desdobramentos da investigação do Ministério Público por meio da sua Corfisp (Corregedoria da Fiscalização Tributária). Como integrante do Cira-SP (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos) e diversos grupos especiais de apuração, a Sefaz-SP tem atuado em diversas frentes e operações no combate à sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ilícitos contra a ordem tributária, em conjunto com os órgãos que deflagraram a operação na data de hoje. Além disso, a Sefaz-SP informa que instaurou procedimento administrativo para apurar, com rigor, a conduta do servidor envolvido e que solicitou formalmente ao Ministério Público do Estado de São Paulo o compartilhamento de todas as informações pertinentes ao caso.

A administração fazendária reafirma seu compromisso com os valores éticos e a justiça fiscal, repudiando qualquer ato ou conduta ilícita, comprometendo-se com a apuração de desvios eventualmente praticados, nos estritos termos da lei, promovendo uma ampla revisão de processos, protocolos e normatização relacionados ao tema.

Fonte por: Poder 360

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