Proprietário da Ultrafarma orquestrava esquema de corrupção fiscal, alega MP

Sidney Oliveira foi preso na operação que investiga fraudes em notas fiscais e ressarcimentos indevidos de ICMS.

12/08/2025 16:31

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Proprietário da Ultrafarma orquestrava esquema de corrupção fiscal, alega MP
(Imagem de reprodução da internet).

Sidney Oliveira, dono da rede de drogarias Ultrafarma, foi identificado pelo Ministério Público de São Paulo como o líder de um esquema de corrupção envolvendo o pagamento de tributos. A informação foi publicada na terça-feira (12.ago.2025), durante entrevista a reportagens sobre a operação Ícaro, que culminou na prisão do empresário.

A operação apura fraudes na emissão de notas fiscais e ressarcimentos indevidos de ICMS, envolvendo a Sefaz-SP. Um auditor fiscal do órgão participava diretamente do esquema, conforme as investigações.

O promotor João Ricupero, que faz parte da equipe encarregada do caso, afirmou que a prisão preventiva de Sidney Oliveira visa garantir que ele não obstrua os depoimentos de funcionários da empresa.

A investigação sobre a Ultrafarma identificou a presença de um número reduzido de indivíduos envolvidos no esquema de corrupção, sendo o principal, o proprietário da empresa, o responsável pela liderança.

A participação do dono da Ultrafarma foi identificada após a quebra do sigilo telefônico do auditor fiscal envolvido, quando o Ministério Público encontrou e-mails que evidenciavam o funcionamento do esquema.

A operação também resultou na prisão de Mario Otavio Gomes, diretor da Fast Shop, suspeito de estar envolvido nas mesmas práticas ilícitas. As prisões foram realizadas na capital paulista.

Com a prisão, consideramos que há uma menor probabilidade de que exerçam influência, uma pressão, sobre esses funcionários. Precisamos verificar se esses funcionários estavam cumprindo ordens ou se também tinham poder decisório sobre o esquema de corrupção, afirmou Ricupero.

O Ministério Público apurou que o auditor fiscal empregava uma empresa com sua mãe como empresa de fachada para gerar documentos fiscais falsos. Ele solicitava e aprovava ressarcimentos de crédito de ICMS ao Estado, envolvendo valores significativos.

O promotor declarou que o fiscal possuía o próprio certificado digital da Ultrafarma para realizar os pedidos no sistema da Sefaz.

A promotoria ainda não divulgou o valor total do esquema ou o número de operações fraudulentas realizadas.

A Ultrafarma e os advogados de Sidney Oliveira ainda não se pronunciaram publicamente sobre a operação.

Fonte por: Poder 360

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