Putin Comenta Proposta dos EUA para a Paz na Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou na sexta-feira (21 de novembro de 2025) que o plano dos Estados Unidos para encerrar a guerra na Ucrânia pode servir como base para um possível acordo de paz com Kiev. Durante uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia, Putin afirmou que acredita que a proposta americana pode levar a uma resolução pacífica do conflito.
Apesar de apoiar a iniciativa, Putin ressaltou que o Kremlin ainda não teve discussões concretas sobre a proposta com o governo dos EUA, afirmando que “esse plano não está sendo discutido conosco de forma concreta”. Ele também mencionou que a Ucrânia se opõe ao plano e que as tropas russas continuarão avançando caso não haja um acordo de paz.
Prazo para Resposta da Ucrânia
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, deu até 27 de novembro para que Kiev se manifeste sobre a proposta. Em um discurso na Casa Branca, Trump afirmou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, precisará concordar com o plano, dizendo que “em algum momento ele terá que aceitar alguma coisa”.
Resposta de Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que o país enfrenta um dos momentos mais desafiadores de sua história. Ele mencionou que a pressão sobre a Ucrânia é intensa e que pode ser necessário escolher entre preservar a dignidade ou arriscar a perda de um parceiro essencial. Zelensky expressou a intenção de “trabalhar com calma” para avaliar a proposta junto aos Estados Unidos e aliados europeus, afirmando que Kiev atuará de forma construtiva nas negociações.
Conteúdo do Plano dos EUA
A proposta de 28 pontos, elaborada sem a participação da Ucrânia, exige concessões significativas por parte do país. O documento reflete muitas das demandas que Moscou apresentou ao longo do conflito e foi classificado por veículos de comunicação como “fortemente inclinada a favor de Putin”.
Alguns dos principais pontos do plano incluem:
- Territórios: A Ucrânia deve ceder as regiões de Donetsk e Luhansk à Rússia.
- Crimeia: A proposta reconhece a Crimeia, anexada por Putin em 2014, como território russo.
- Exército: A Ucrânia deve reduzir suas forças militares de mais de 900 mil para no máximo 600 mil soldados.
- OTAN: O plano proíbe a Ucrânia de ingressar na aliança militar e impede a recepção de tropas de coalizão.
- Mísseis: A Ucrânia perderia o direito de possuir armas de longo alcance.
Na configuração original do plano, a Ucrânia perderia cerca de 20% de seu território, e a proposta prevê a paralisação da guerra nas linhas de frente atuais.
Fonte por: Poder 360