Racha no Mercosul: Brasil e Uruguai se recusam a assinar comunicado sobre Venezuela

Seis países, liderados pela Argentina, exigem a ‘restauração da democracia’ na Venezuela sob Nicolás Maduro.

20/12/2025 21:40

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(Imagem de reprodução da internet).

Seis países do Mercosul exigem restauração da democracia na Venezuela

No último sábado, 20, liderados pela Argentina, seis países emitiram um comunicado oficial pedindo a “restauração da democracia” na Venezuela. O documento revela uma clara divisão no Mercosul, onde apenas Brasil e Uruguai, entre os membros plenos, não assinaram o texto.

Comunicado da Cúpula do Mercosul

O comunicado foi divulgado durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada em Foz do Iguaçu (PR). O grupo expressou preocupação com a grave crise migratória, humanitária e social enfrentada pela Venezuela sob o governo de Nicolás Maduro.

Quem assinou o documento

O comunicado conta com a assinatura de presidentes e autoridades de três Estados Partes e três Estados Associados:

  • Argentina: Javier Milei (Presidente)
  • Paraguai: Santiago Peña (Presidente)
  • Bolívia: Fernando Aramayo (Ministro das Relações Exteriores)
  • Panamá: José Raúl Mulino (Presidente)
  • Equador: Altas autoridades
  • Peru: Altas autoridades

É importante notar que Brasil e Uruguai foram os únicos entre os cinco Estados Partes do Mercosul a não endossar o comunicado.

Conteúdo do comunicado sobre a Venezuela

As autoridades signatárias adotaram um tom firme em relação ao regime de Caracas, instando as autoridades venezuelanas a:

  • Cumprir as normas internacionais de direitos humanos;
  • Libertar imediatamente cidadãos arbitrariamente detidos;
  • Garantir o devido processo legal e a integridade física dos opositores.

O comunicado evidencia a falta de consenso dentro do bloco, uma vez que o documento oficial da cúpula não mencionou a Venezuela, que está suspensa da união aduaneira desde 2016.

Divergência entre Lula e Milei

A cúpula também foi marcada por tensões entre os presidentes das duas maiores economias do bloco. No encerramento do evento, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, alertou sobre os riscos de intervenções externas na Venezuela, adotando uma postura cautelosa. Em contrapartida, o argentino Javier Milei apoiou a pressão militar dos Estados Unidos contra o governo de Nicolás Maduro.

Conclusão

O comunicado e as divergências entre os líderes refletem a complexidade das relações políticas na América do Sul e a necessidade de um diálogo mais construtivo para enfrentar os desafios enfrentados pela Venezuela.

Fonte por: Estadao

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