Reunião entre Lula e Trump provoca reações no Brasil, mas PT pede cautela

Orientação interna visa conter celebrações e evitar uso político da reunião até que negociações entre os dois países avancem.

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MALAYSIA-ASEAN-US-BRAZIL-DIPLOMACY

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Encontro entre Lula e Trump gera cautela no PT

O recente encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, despertou entusiasmo na militância petista, mas a cúpula do PT adotou uma postura cautelosa. A orientação interna é evitar comemorações e o uso político imediato da reunião até que as negociações entre os dois países avancem de forma concreta.

Dirigentes do partido consideraram o diálogo entre Lula e Trump positivo, mas ressaltaram que ainda não representa o fim das tratativas, especialmente no que diz respeito à redução de tarifas comerciais americanas, um dos principais objetivos do governo brasileiro. A avaliação é de que celebrar antecipadamente poderia resultar em desgaste caso o acordo não se concretize.

Recomendações do PT e estratégia do governo

A direção do PT recomendou que militantes, parlamentares e ministros aguardem o desfecho das discussões antes de associar o encontro a conquistas políticas ou econômicas. O partido planeja explorar o episódio como um ativo político para o presidente apenas após resultados concretos, como a efetivação do corte das tarifas.

No governo, a aproximação com Trump é vista como parte da estratégia de reforçar a imagem internacional de Lula, que já apresenta ganhos de popularidade no cenário interno. A recente aprovação de projetos que elevam a isenção do Imposto de Renda e propõem uma jornada de trabalho de cinco dias com duas folgas semanais são apostas do Planalto para 2026.

Desafios nas negociações e perspectivas futuras

Analistas apontam que, apesar do otimismo de ambas as partes, as negociações devem ser longas e complexas, devido a divergências comerciais e políticas. A redução de tarifas é um ponto sensível que requer consenso técnico e equilíbrio diplomático. Por ora, o Planalto e o PT tentam manter discrição, apostando na continuidade das conversas como um sinal de fortalecimento da posição do Brasil no cenário internacional e de ampliação do capital político de Lula.

Fonte por: Jovem Pan

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