Ricardo Haddad afirma que os EUA desejam que o Brasil viole sua Constituição

Haddad declara que a taxa de 50% para Trump não se concretiza devido ao desejo dos norte-americanos de interferir nas decisões do Poder Judiciário.

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Min. Fernando Haddad durante audiência na Comissão Mista de Medida Provisória sobre o IOF, no Senado Federal. | Sérgio Lima/Poder360 - 12.ago2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou na segunda-feira (18.ago.2025) que as negociações sobre a tarifa de 50% aplicada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), a produtos brasileiros, estão suspensas devido à pressão do governo norte-americano para que o Brasil aja em contrariedade à Constituição.

O conflito só se manifesta porque os Estados Unidos desejam que o Executivo intervenha nas decisões do Judiciário, o que seria inconstitucional.

Haddad afirma que o Brasil tem buscado um acordo, porém encontra resistência por parte do governo americano. Ele acredita que os acontecimentos recentes entre os países podem diminuir ainda mais o comércio entre eles.

O ministro destacou que o Brasil é signatário de acordos internacionais de Direitos Humanos e declarou que o país exibe resiliência em relação à tarifação. Para ele, a principal preocupação reside na possibilidade de uma nação empregar seu poder econômico e militar para interferir nas Constituições de outros países.

Sua preocupação não é com o último ano do seu mandato, mas com a atitude de um país que interfere em princípios constitucionais de outras nações.

Haddad também criticou a posição dos EUA em relação ao diálogo. Ele ressaltou que governos percebidos como mais rígidos frequentemente obtêm concessões com Washington, mencionando o caso do presidente russo, Vladimir Putin, que foi recebido com honras como chefe de Estado.

O diplomático brasileiro afirmou que a diplomacia brasileira é reconhecida internacionalmente e está disponível para diálogo.

Fonte por: Poder 360

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