Rogério de Andrade é investigado por suposto pagamento de R$ 502 mil à polícia em 2 dias

Promotores do Rio de Janeiro afirmam que dinheiro do contraventor foi enviado a membros da PM e delegacias. Confira no Poder360.

04/10/2025 19:15

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viatura da Polícia Civil do Rio
viatura da Polícia Civil do Rio

Contraventor Rogério Andrade é Investigado por Pagamento de Propina no Rio de Janeiro

Rogério Andrade, um conhecido contraventor, teria pago R$ 502 mil em propinas a policiais militares e civis do Rio de Janeiro entre os dias 6 e 9 de maio de 2023. A investigação, conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, aponta que esses pagamentos tinham como objetivo garantir a exploração ilegal de jogos de azar em várias regiões do estado.

Documentos apreendidos durante uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado) revelaram que R$ 221 mil foram destinados à Polícia Militar e R$ 281 mil à Polícia Civil. As informações foram divulgadas em 3 de outubro de 2025.

Detalhes dos Pagamentos de Propina

Os batalhões da Polícia Militar que receberam propinas incluem:

  • 19º BPM (Copacabana): R$ 48.000;
  • Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas: R$ 45.000;
  • 23º BPM (Leblon): R$ 30.000;
  • 2º BPM (Botafogo): R$ 25.000;
  • 5º BPM (Centro): R$ 22.000;
  • 4º BPM (São Cristóvão): R$ 11.000;
  • P2 (Serviço de Inteligência) do 19º BPM: R$ 6.000;
  • Comando de Polícia Pacificadora: R$ 5.000;
  • UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora): valores não identificados.

Para a Polícia Civil, R$ 146 mil foram direcionados a delegacias distritais e R$ 135 mil a delegacias especializadas, incluindo a Delfaz e Decon.

Consequências da Operação do Gaeco

A operação resultou na prisão do presidente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, Flávio Santos, e na manutenção da prisão preventiva de Rogério Andrade, que está detido desde 29 de outubro de 2024. Andrade é acusado de ter ordenado o assassinato de Fernando Iggnácio, um rival no controle do jogo do bicho.

Flávio Santos, conhecido como Pepé, é considerado um dos principais colaboradores de Andrade. Mensagens em seu celular indicam que ele gerenciava o pagamento de propinas a agentes públicos. Durante a operação, foram apreendidos veículos, cerca de R$ 120.000 em dinheiro e uma máquina de contar dinheiro.

Perfil de Rogério Andrade

Rogério Andrade é um bicheiro e um dos financiadores da Mocidade Independente de Padre Miguel. Ele enfrenta processos no Supremo Tribunal Federal por supostamente liderar uma organização criminosa que controla o jogo do bicho na zona oeste do Rio de Janeiro.

Até o momento, não houve resposta da Polícia Militar do Rio de Janeiro ou da Mocidade Independente de Padre Miguel sobre as denúncias. O Poder360 também tentou contato com a defesa de Andrade, mas não obteve sucesso. O jornal continuará buscando informações e atualizará a matéria conforme necessário.

Fonte por: Poder 360

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